Ondjiva - A inserção escolar de crianças surdas para o ensino da língua gestual constitui ferramenta fundamental para inclusão social deste segmento, admitiu segunda-feira, o subdirector pedagógico da Escola do Ensino Especial “Rainha Nekoto”, Orlando de Freitas.
Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia Internacional da Língua Gestual, assinalado a 23 de Setembro, o responsável argumentou o facto de isso poder permití-los ganhar outras habilidades como as de participar em futuros concursos públicos.
Considera a língua gestual um veículo fundamental de comunicação, para que os surdos possam ser percebidos mediante sinais completamente diferentes do comum e permití-los o desenvolvimento do intelecto.
Desta feita, ressaltou a sensibilidade das famílias a fim de continuarem a trabalhar no processo de escolarização inclusiva dos alunos especiais.
“As famílias dos surdos devem garantir a acessibilidade comunicativa, por meio da aprendizagem da língua gestual, por forma a facilitar a interacção destes com a sociedade.
Orlando de Freitas fez saber que actualmente perto de 50 alunos surdos e mudos encontram-se a frequentar aulas na única instituição de ensino especial da província, assegurado por 12 professores.
Entretanto, esclareceu que as instituições encontram-se em fase de redimensionamento para núcleo de apoio à inclusão e formação de professores das distintas escolas, assim como prestar atendimento educativo especializado aos alunos da cidade de Ondjiva.
O ensino especial no Cunene foi implementado em 2004. No presente ano lectivo, estão matriculados no sistema inclusivo mil e 600 alunos, dos quais 350 com deficiência auditiva, visual, transtorno do espectro autista, entre outros.
Proclamada através da Resolução 72/161 da Assembleia Geral das Nações Unidas, a 19 de Dezembro de 2017, a data tem por objectivo aumentar a consciencialização sobre a importância da língua gestual, os direitos humanos das pessoas surdas, protegendo a língua gestual como parte da diversidade linguística.FI/LHE/SEC