Ondjiva- A oferta de aquisição do material escolar a nível da cidade de Ondjiva, capital da província do Cunene, está fora da expectativa com a inexistência de uma livraria neste momento.
Actualmente o material escolar é comercializado nos mercados informais de Oshamukuio ou da Alemanha, resumindo-se na venda de batas escolares, cadernos, lápis de carvão e de cores, réguas e esferográficas.
Em termo de manuais das classes do I e II Ciclo, estojos, máquina calculadora científica, os encarregados de educação são obrigados a recorrer aos mercados da província da Huila, Benguela e Luanda, com encargos de transporte.
A ronda efectuada esta quinta-feira, pela ANGOP nos dois mercados informais de Ondjiva, verifica-se limitações da oferta de material, na qual os existentes os preços praticados não sofreram alterações em relação ao ano lectivo anterior.
O preço do caderno escolar varia entre os 150 a mil 500 kwanzas dependendo do tamanho e da qualidade, já a borracha, o afia lápis e o lápis de carvão está a ser comercializado a 50 kwanzas.
A esferográfica custa 100 a 150 kzs, lápis de cores 500 kz, enquanto que a bata custa 1.500 para crianças e dois mil para adultos.
Sapalo Nambinga, comerciante do mercado de Oshamukuio, justificou que os preços não sofreram alterações porque a fonte de aquisição e o câmbio da moeda permaneceram igualmente inalteráveis.
Sem os custos com o comércio legal, informou que ganha na concorrência e tem lucros aceitáveis com a venda
Já Maria Katumbo, disse que devido a proibição da venda de livros escolares no mercado informal, os comerciantes temem adquirir este produto, sob pena da Polícia confiscar e perder o investimento.
Lembrou que foi alvo desta situação em 2016 e de lá para cá , a venda de material escolar resume-se apenas em cadernos esferográficos, lápis, borracha e afias lápis.
Para colmatar este défice alguns pais e encarregados de educação que têm possibilidades económicas recorrem as províncias da Huila e Benguela, assim como a Namíbia.
A encarregada de educação, Adelina Vissapa, é de opinião que os empresários devem investir mais no ramo da ciência, pois a oferta de materiais escolares é limitada apenas ao mercado informal.
Disse que adquiriu certos materias atempadamente no Lubango e com o custo da transportação, alimentação e hospedagem, no final os encargos ficam avultados, sublinhou.
Joana António e Tchimbica Bernabé, igualmente encarregadas, manifestaram-se satisfeitos com os preços praticados no mercado informal durante este momento, afirmando estar acessível ao bolso do cidadão.
Entretanto, o director da Educação no Cunene, Domingos de Oliveira, salientou que a província tem disponíveis 710 mil e 471 manuais escolares para o ensino primário, que terao distribuição gratuita de um milhão e 300 mil livros, ao longo do I trimestre nos seis municípios.
Esclareceu que a gratuidade do ensino em Angola é para o ensino primário, sendo os alunos do I e II ciclos obrigados a compra de livros.