Luanda - O Ministério da Educação (MED) está a preparar o segundo volume do dicionário de Língua Gestual Angolana para ensino e aprendizagem das pessoas com deficiência auditiva, informou, esta quinta-feira, o director geral do Instituto de Ensino Especial, Laureano Sobrinho.
O MED iniciou os estudos de investigação para a uniformização da Língua Gestual Angolana em 2004, que deu origem a edição do primeiro volume do dicionário de Língua Gestual Angolana, instrumento que possibilita as crianças com deficiência auditiva passarem a se comunicar na sua língua materna.
Ao falar na mesa redonda sobre a “importância da língua gestual angolana”, esclareceu que o processo decorrerá em três fases, sendo que a primeira que corresponde a recolha termina em Novembro.
O director lamentou a insuficiência de professores intérpretes nas escolas, apesar de terem já alguns formados a nível nacional, bem como o facto de a profissão de intérprete de Língua Gestual Angola não estar oficializada.
Segundo a fonte, o número de professores intérpretes representa uma escala de 4 por cento.
Já o secretário de Estado para o Ensino Pré-escolar, Pacheco Francisco, reiterou que o MED tem realizado acções com vista a introdução da Língua Gestual Angola no sistema de educação e ensino para os alunos com deficiência auditiva.
Pacheco Francisco afirmou estarem cientes da necessidades de eliminar as barreiras comunicativas que provocam isolamento das pessoas surdas e perante a responsabilidade de construir uma sociedade inclusiva, cujos alicerces se encontram na inclusão escolar.
A realização deste evento representa bem o compromisso do Governo, com o objectivo de contribuir para a ampliação do conhecimento que a sociedade tem sobre as pessoas surdas, para o fortalecimento das bases, com a finalidade de construirmos uma comunidade inclusiva e consequente desenvolvida.
A mesa redonda reuniu especialistas, técnicos, professores e deficientes auditivos para juntos analisarem temas como a “Importância no contexto da educação inclusiva das crianças e alunos com deficiência auditiva”, “Surdo-cegueira, um desafio em Angola”, “A deficiência auditiva em Angola : Causas”.