Luanda – A ministra da Educação, Luísa Grilo, destacou, nesta segunda-feira, a comparticipação dos pais e encarregados de educação no processo de ensino e aprendizagem.
Segundo a governante, que falava na conferência de imprensa sobre o Decreto Presidencial que actualiza as medidas de prevenção e controlo da propagação do Vírus SARS-CoV-2 e da Covid-19, a manutenção da higiene e das medidas de biossegurança nas instituições de ensino tem contado também com a participação activa das comunidades.
Luísa Grilo aconselhou os pais e encarregados de educação no sentido de manterem o contacto permanente com às escolas para ajudar a corrigir os aspectos que estiverem mal.
Relativamente ao retorno das actividades lectivas presenciais nas classes de transição do ensino primário (1.ª, 2.ª, 3.ª, 4.ª e 5.ª) em todas as Instituições de Educação e Ensino, a partir de 10 de Fevereiro, a ministra frisou estarem criadas as condições de biossegurança para o efeito.
“Não vamos dizer que temos 100 por cento das condições criadas, mas são as necessárias e ideias para que os alunos possam voltar às salas de aulas sem grandes constrangimentos”, reforçou.
Conforme a ministra, a experiência do primeiro trimestre reforça o sentimento de há condições para o retorno dos estudantes.
As aulas nas classes de transição do ensino primário (1.ª, 2.ª, 3.ª, 4.ª e 5.ª) estão suspensas desde Março de 2020 por conta da Covid-19.
O regresso das aulas no ensino primário estava previsto para o dia 26 de Outubro de 2020, tendo sido adiado devido ao aumento de casos positivos no país.
Segundo o novo Decreto Presidencial, os estabelecimentos de ensino deverão garantir o distanciamento físico entre os alunos e entre estes e o professor, não podendo, em caso algum, ser inferior a 1,5 m (um metro e meio), uso obrigatório de máscara facial no interior do estabelecimento de ensino, dispensa da actividade lectiva presencial de professores e alunos com doenças crónicas consideradas particularmente vulneráveis confirmadas pelas autoridades sanitárias competentes, devendo ser criadas condições para a actividade lectiva não presencial, proibição de utilização de zonas comuns com forte probabilidade de criar aglomerados.
Dados disponíveis indicam que em Angola, para o presente ano lectivo, estão matriculados, no ensino geral, mais de 10 milhões de estudantes, dois milhões dos quais entraram pela primeira vez no sistema de ensino e aprendizagem.
O Sistema Nacional de Ensino conta com 181.624 mil professores.
A rede pública é constituída por 18 mil e 297 escolas (com 97 mil e 459 salas de aula em funcionamento).