Lubango - A falta de docentes no Instituto Superior Politécnico da Huíla (ISPH), afecto à Universidade Mandume ya Ndemufayo (UMN), com sede no Lubango, forçou a suspensão dos cursos de Engenharia de Construção Civil, Engenharia Mecânica e Geologia e Minas no ano lectivo 2021/2022.
Trata-se de um problema que dura mais de sete anos e que condicionava o cumprimento integral da grelha curricular da única instituição de ensino superior pública destinada a formação técnica na região sul do país.
A escola abriu com nove cursos, assegurados por 46 docentes, entre nacionais e estrangeiros, mas para responder às necessidades precisa de mais 200, para cadeiras do 3º, 4º e 5º ano.
Em declaração à ANGOP, o vice-reitor da UMN para a área académica e vida estudantil, José Caluina Pedro, fez saber que para o ano académico 2021/2022, com inicio previsto para Outubro próximo, não serão inscritos novos candidatos aos cursos em causa.
Detalhou que ISPH vai matricular para o 1º ano 250 estudantes nos restantes seis cursos, nomeadamente, de Agronomia, Ciências da Computação, Desenho, Engenharia Informática, Geologia e Zootecnia.
No geral, informou, para o ano 2021/2022, a Universidade Mandume, que corresponde à 6ª Região Académica (Huíla e Cunene), dispõe de 1.090 vagas, observando uma redução de 1.460 lugares.
Na causa da queda brusca, para além dos cursos do ISPH, está também a descontinuidade na UMN do Instituto Politécnico do Namibe, que integrará a recém-criada Universidade do Namibe, no âmbito do plano de reorganização do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Do número de vagas, 646 são para o regime regular e 444 para o pós-laboral, sendo que as faculdades de Economia e de Direito são 200 para cada uma, de medicina 80 e o Instituto Politécnico da Huíla (ISPH) 250.
Outros 360 lugares estão reservados ao Instituto Politécnico do Cunene (Ondjiva), em seis cursos técnico-profissionais, nomeadamente de Análises Clínicas e Laboratórios, Enfermagem, Engenharia Agronómica, Hidráulica, Ensino da Biologia e o de Informática e Gestão.
No último ano académico, frequentaram aulas nas unidades orgânicas da Universidade Mandume oito mil e 800 estudantes, em 23 cursos, menos 493 comparado ao igual período anterior, ministrados por 368 docentes, 250 dos quais, angolanos e 93 expatriados.
Fundada em 2009, a Universidade Mandume Ya Ndemufayo (UMN) já lançou no mercado de trabalho, 2.071 quadros, entre licenciados e mestrados.