Lubango - O Director Nacional para Ciência, Tecnologia e Inovação, António Alcochete, considerou no Lubango, província da Huíla, que a investigação científica desenvolvida pelas instituições do Ensino Superiores, “ainda têm pouco reflexo” na solução dos problemas do país.
A informação foi avançada à ANGOP, no Lubango, à margem da visita da secretária de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação, Alice de Ceita e Almeida, às instituições do Ensino Superior na província da Huíla, que visou auscultá-las sobre as suas linhas de investigação, fomento do empreendedorismo e da empregabilidade.
António Alcochete realçou que que muitas das instituições ainda não estão alinhadas ao Decreto Presidencial n.º 261/21, de 3 de Novembro que estabelece o Regime Jurídico aplicável ao Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação - SNCTI, definindo as regras sobre a sua organização e funcionamento, bem como o quadro normativo aplicável às instituições integrantes desse sub-sistema.
Destacou que têm verificado “inúmeras falhas”, em termos de organização, gestão dos recursos humanos e identificação das linhas de investigação para os sectores que reflectem negativamente o funcionamento geral das unidades de investigação.
Sinalizou que a maior parte dessas instituições precisa de pessoas especializadas e com experiência para conduzirem os trabalhos de investigação.
A nível da região da SADC, conforme a fonte, Angola está atrasada em relação aos vizinhos, pois a investigação é cara e precisa de investimentos na formação, em infra-estruturas, em equipamentos e nas condições de trabalho.
Salientou que apesar destas constatações, ainda assim várias são as publicações que têm sido lançadas, quer em revistas científicas nacionais, como em internacionais, demonstrando a vontade dos investigadores e docentes locais.
Empreendedorismo no Ensino Superior
Neste capítulo, o consultor da ministra do Ensino Superior para Ciência, Tecnologia e Inovação e Empreendedorismo, Jone Heitor, afirmou que já há uma certa dinâmica sobre o empreendedorismo neste segmento, pois muitas instituições já estão criar suas incubadoras, apesar de encontrarem dificuldades em relação a financiamentos.
Destacou que todos os todos os anos realizam feiras de ideias e inovações e invenções de base tecnológica e em Luanda, no âmbito da 8ª conferência nacional de Ciência e Tecnologia, e apareceram expositores com “boas” iniciativas.
Referiu que por lei todas as instituições do ensino superior são obrigadas a ter uma incubadora de empresas, para fomentar o empreendedorismo. BP/MS