Luanda - A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria Bragança, considerou hoje, quinta-feira, que a implementação da Fundação para o desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundecit) servirá para fortalecer o sistema científico angolano.
Justificou que a falta de financiamento a ciência e de uma instituição que proceda a implementação das políticas de ciências tecnologia e Inovação foi a maior debilidade identificada, quando se fez a avaliação da implementação da estratégia nacional de ciência, tecnologia e inovação em 2017.
A governante falava no empossamento do director-geral da Fundecit, Mário Fresta, da directora-adjunta, Rosa Garcia.
Manifestou estarem criadas as condições para o desenvolvimento da investigação científica, tecnológica e inovação no país.
Explicou que a instituição vai se encarregar da avaliação e acreditação das instituições de investigação científica e desenvolvimento, inseridas no sistema nacional de Ciência e Inovação.
"Angola não tinha uma instituição que se encarregasse no financiamento a ciência, por isso considero que o acto tem um valor histórico e por ser uma instituição nova no país”, frisou.
Por sua vez, Mário Fresta referiu que o Estado, as instituições e os investigadores há muito sentiam que era necessário garantir esse pilar do financiamento, juntamente com outras condições para promover a investigação científica e tecnológica no país.
O acto serviu igualmente para que Carlos Neto tomasse posse ao cargo de consultor do Secretário de Estado para Ciência e Tecnologia.
Com a Fundação, o Executivo quer que o investimento na ciência seja, pelo menos, de um por cento do Produto Interno Bruto (PIB), tal como a Unesco recomenda.
A Fundação Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico, criada por Decreto Presidencial em Maio desse ano, é tutela do Ministério do Ensino Superior Ciência e Tecnologia e Inovação, enquanto órgão de superintendência, a quem cabe criar as condições para o seu funcionamento, com base nas prioridades definidas na Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que define a forma de organização da investigação científica no país.
Terá a categoria de instituto público com a missão de implementar as políticas de ciência, tecnologia e inovação, com meios financeiros do Orçamento Geral do Estado e outros provenientes de doações destinados à investigação científica e desenvolvimento.
A instituição vai igualmente proceder à avaliação e acreditação das instituições que se dedicam à investigação científica e desenvolvimento do país, de forma a aumentar a eficácia no aproveitamento dos recursos financeiros disponíveis e o apoio à produção científica nacional.