Cuito – Estudantes das Universidades Privadas de Angola, que participaram do 11º encontro decorrido no Cuito, província do Bié, pediram às suas instituições a apostar mais nas novas Tecnologias de Informação e Comunicação, para elevar a qualidade no ensino.
Em declarações hoje, segunda-feira, à ANGOP, Alberto Rufino, coordenador da Associação dos Estudantes das Universidades Privadas do Moxico, disse que na sua província as instituições de ensino não estão abalizadas com as novas tecnologias de informação e comunicação que se assiste em outras escolas.
Lamentou o facto de, até agora, as duas faculdades privadas em funcionamento ainda não disporem de plataformas digitais para consultas de notas e de outras questões relacionadas com a vida académica dos estudantes.
Segundo ele, os estudantes destas unidades socorrem-se às pautas através de vitrinas, o que já não se ajusta aos novos tempos, daí o apelo para a melhoria dos serviços de internet.
Por isso, solicitou dos seus promotores, a investirem mais nas tecnologias, visando se adequar a modernização tecnológica para que os estudantes tenham acesso aos seus dados académicos individualmente.
A mesma dificuldade, estão os estudantes da província de Cabinda, que também observam as pautas e outros comunicados por intermédio de papéis afixados nas vitrines e paredes.
Para o coordenador deste núcleo, Walter Sibi, é necessário que os promotores das duas faculdades privadas existentes em Cabinda criem mecanismos para que ainda no próximo ano académico as instituições tenham plataformas para o efeito.
No Zaire, por exemplo, os estudantes para saberem dos seus resultados são obrigados a consultarem a secretaria pedagógica.
Para o coordenador daquele núcleo, Dibanzilua Francisco, é necessário que o ministério de tutela obrigasse, todas as instituições de ensino superior a criar de antemão, serviços de internet antes mesmo da abertura do projecto.
José Vieira, estudante da província da Huíla, entende que ser necessário a criação de uma plataforma em rede nacional para que todos os estudantes publiquem suas monografias ou mesmo outros trabalhos científicos no sentido de evitar plágios.
Entretanto, o Presidente da Associação dos estudantes do Instituto Superior Católico do Huambo, Osvaldo Temo, disse que na sua província a situação da falta de internet quase que ficou ultrapassada, porém, defendeu ser necessário melhorar a velocidade dos processadores.
Em declarações à ANGOP, o Presidente da Associação dos Estudantes das Universidades Privadas de Angola (AEUPA), Nilton Tima, sublinhou que o encontro serviu para auscultar as preocupações dos estudantes e posteriormente remetê-las aos órgãos de direito.
A par dessa situação tecnológica, o responsável disse que se discutiu também a questão das escolas privadas que insistem em leccionar cursos não legalizados ou descontinuados pelo ministério, bem como a proposta da subida do preço da propina na ordem dos 30 por cento.
O evento que encerrou no fim-de-semana decorreu sob o lema “Os desafios da Modernização Tecnológica do Ensino Superior em Angola”, contou com a participação de estudantes de 14 províncias, com excepção do Cuanza Norte, Lunda Norte, Bengo e Cunene pelo facto destas regiões não ter ainda faculdades privadas. LB/BAN/MS