Luanda - Cento e 13 novos estudantes, oriundos de dez províncias do país, frequentam desde hoje, segunda-feira, a segunda edição do curso de especialização em Gestão do Ensino Superior (GES), numa promoção da Universidade Católica de Angola (UCAN).
No curso, com duração de um ano, entre os inscritos fazem parte diversos decanos, vice-decanos, reitores, vice-reitores, directores gerais e adjuntos dentre outros gestores de universidades do país e serão ministradas nas províncias de Luanda e Huíla.
Comparativamente a edição passada (2021-2022), houve um aumento de mais 24 formandos.
A informação foi prestada hoje, em Luanda, pelo representante da UNI-AO, Osvaldo Varela, no acto de abertura do curso, tendo referido que o mesmo tem como objectivo o fortalecimento das capacidades de 200 quadros de instituições públicas e privadas, em matéria de gestão académica, financeira, investigação e extensão.
De acordo com responsável, ao contrário do ano anterior, nesta segunda edição, o módulo de planeamento estratégico é obrigatório, pois será uma oportunidade para a divulgação dos manuais de avaliação das Instituições de Ensino Superior (IES).
Observou que com estes ajustes, os futuros especialistas terão ferramentas e elementos essenciais que vão permitir articular os processos de avaliação institucional com os processos de planeamento estratégico e alinhar a organização.
De igual modo vão auxiliar na gestão da instituição com os normativos e as políticas definidas, seja no subsector (legislação), bem como da própria instituição.
Por seu turno, a reitora da Universidade Católica de Angola (UCAN), Maria da Assunção, referiu que num mundo marcado por constantes, rápidas e desafiantes transformações políticas, sociais, económicas, científicas e tecnológicas, a gestão das instituições do Ensino Superior exige uma contínua superação e actualização.
Adiantou que este tipo de gestão não se compadece com os conhecimentos e competências académicas adquiridas, nem mesmo com amadorismos do senso-comum.
Explicou que bactualmente a gestão das IES é desafiada a ser um exercício verdadeiramente artístico e científico e como tal impõe, a qualquer gestor, a necessidade de uma actualização permanente de conhecimentos, competências, qualidades humanas e técnico-profissionais.
De facto, continuou, existe, no seio de todas as sociedades, uma expectativa global de que as IES estejam na vanguarda das transformações sócio-políticas e económicas que permitam a melhoria das condições sociais, o bem-estar inclusivo das populações e o desenvolvimento sustentável das comunidades e dos Estados.
Para tal, ressaltou, a mesma deverá ser por via de uma formação académica de qualidade, capaz de permitir um saber-fazer de alto nível, de uma investigação científica exploratória e aplicada, capaz de acelerar o progresso cientifico e tecnológico.