Ndalatando – A falta de material didáctico especializado e de professores formados em ensino primário constituem as dificuldades enfrentadas pela Escola do Ensino Especial na cidade de Ndalatando, província do Cuanza Norte, informou, o director da instituição, Diogo Evangelista.
Em declarações à ANGOP, hoje, terça-feira, o responsável disse que faltam materiais específicos em cada área de deficiência, como Braille, pautas, dicionários de linguagem gestual angolana e placa alfabética para treinamento de Braille.
A instituição debate-se ainda com o reduzido número de professores do ensino primário e de carteiras, além das dificuldades de manutenção das máquinas de Braille existentes, por falta de técnicos especializados.
Conta com o apoio da Associação dos Amblíopes e Cegos de Angola (AANCA), na manutenção desses equipamentos.
A escola de 12 salas de aula, possui 35 carteiras por turma, na sua maioria danificadas, quantidade insuficiente para acomodar os mil e 572 alunos que frequentam as aulas na instituição, neste ano lectivo.
Do total de discentes matriculados, 650 apresentam necessidades educativas especiais.
Sessenta e dois professores asseguram as aulas naquele estabelecimento de ensino que conta ainda com um internato com capacidade para albergar 60 alunos internos, divididos em dois pavilhões, um para rapazes e outro para raparigas.
Actualmente, o internato acolhe 48 crianças órfãos e com necessidades educativas especiais, entre as quais oito meninas.
Conta com a assistência alimentar do governo da província do Cuanza Norte e de outros apoios de organizações filantrópicas.
Oito funcionários, dos quais duas enfermeiras, asseguram o funcionamento do internato.