Benguela – O Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE) disponibilizou, no ano académico 2023-2024, dez mil e 300 bolsas internas, no ensino superior, menos mil e duzentas face ao ano anterior, admitiu, esta sexta-feira, o director-geral daquela instituição, Milton Chivela.
Falando em Benguela, a propósito do 1.º Fórum Nacional sobre as Políticas de Atribuição e Gestão de Bolsas de Estudo, o director-geral do INAGBE, Milton Chivela, aponta o dedo à actual conjuntura económico-financeira, que condiciona o número de bolsas para candidatos à licenciatura e para docentes e investigadores científicos nacionais a nível do mestrado e doutoramento.
“Na verdade, houve um decréscimo, pois, no ano anterior tivemos 11 mil e 500 vagas disponíveis”, ressaltou o responsável, que enaltece o que considera de “exercício extraordinário” que o Governo tem feito no que concerne à formação de quadros.
Milton Chivela afiança que as dez mil e 300 bolsas disponíveis para o ensino superior, neste ano académico, até satisfazem.
E afiança que o mais importante é que as autoridades vão continuar a trabalhar para aumentar a capacidade de oferta de bolsas de estudo internas para os estudantes angolanos.
Segundo o director-geral do INAGBE, do total de bolsas disponíveis para o ano académico 2023-2024, nove mil e 500 são para licenciatura, 500 para mestrado e doutoramento.
A este número, somam-se mais 300 bolsas para o mestrado e doutoramento no país, fruto de um financiamento externo do Programa de Apoio ao Ensino Superior - Uni.AO, desenvolvido entre a União Europeia e Angola, e implementado pela Agência de Cooperação Técnica Expertise France.
Ainda garantiu a existência de bolsas de estudo externas, no âmbito da cooperação na área de formação de quadros que Angola mantém com vários países, nomeadamente Portugal, Hungria, Sérvia, China e Marrocos.
“Temos também o programa do envio anual de 300 licenciados e mestres para as melhores universidades do mundo”, notou.
O responsável explicou que o número de estudantes que concluíram um ciclo de formação é inferior ao número de novas bolsas. Ou seja, não há 10 mil estudantes que concluíram o ciclo, mas o Governo tem trabalhado a fim de financiar a formação superior de jovens angolanos.
Fórum
Sobre o 1.º Fórum Nacional sobre as Políticas de Atribuição e Gestão de Bolsas de Estudo, Milton Chivela disse que Benguela é a quinta província a receber o evento, faltando apenas uma para sua conclusão.
Aponta como objectivo do INAGBE trazer uma comunicação mais directa sobre a matéria de bolsas de estudo com as instituições de ensino superior públicas e privadas, os estudantes bolseiros e o Governo Provincial de Benguela.
Neste contexto, frisou que durante a actividade foram apresentadas informações sobre os normativos que regem a concessão de bolsas de estudo internas, pelo que a comunidade académica saiu melhor esclarecida sobre estas políticas.
Acesso
Fez saber que tem acesso à bolsa de estudo todo o cidadão angolano com idade até 25 anos a nível de licenciatura, excepcionalmente 35 anos para candidatos com necessidades especiais.
Relativamente ao mestrado e doutoramento, os requisitos são idade entre 35 e 45 anos e uma média mínima de 14 valores exigida ao candidato, estando isentos do quesito idade os docentes e investigadores científicos.
Presenciado pela vice-governadora provincial de Benguela para o Sector Político, Social e Económico, Lídia Amaro, e pelo reitor da Universidade Katyavala Bwila, Albano Ferreira, o referido fórum abordou sobre o percurso do INAGBE, o programa de bolsas de estudos UNI.AO, a sua atribuição e o processo de candidatura On-line (www.IGNABE.gov.ao).
Temas como “Gestão da bolsa de estudo interna e externa” e “Apoio e acompanhamento ao estudante bolseiro” também preencheram a agenda, que incluiu ainda depoimento dos beneficiários. JH/CRB