Dundo – O gabinete provincial da Educação na Lunda Norte já procedeu ao pagamento dos subsídios em atraso desde 20217, a 527 alfabetizadores e facilitadores enquadrados no programa de alfabetização e aceleração escolar.
A informação foi prestada esta quinta-feira, pelo coordenador provincial da Educação de Jovens e Adultos do Gabinete Provincial da Educação, António Taquia, sublinhando que o pagamento da dívida, a direcção entendeu rescindir o contrato com os alfabetizadores por incapacidade financeira.
No âmbito da colaboração com os novos parceiros sociais, o processo é agora assegurado por 102 alfabetizadores e igual número de centros espalhados em vários municípios da Lunda Norte.
Por outro lado, informou que desde 2018, dez bairros dos municípios de Chitato, Cambulo, Cuango e Lucapa, foram declarados livres do analfabetismo.
Trata-se dos bairros Candjamba (Chitato), Serração Malengue e Satxicucu (Cambulo), Kambamba em Cafunfu, Quinongue na comuna de Luremo (Cuango), bem como em Veiga e Roque, no município do Lucapa.
Acrescentou que o facto de alguns bairros de quatro dos dez municípios com maior densidade populacional da Lunda-Norte terem declarado baixo nível de analfabetismo demonstra a importância do programa que visa acabar com o analfabetismo e promover a inclusão social e produtiva de inúmeras famílias.
Em termos globais, desde o início da Revitalização da Alfabetização, 218.356 cidadãos, entre os quais 129.204.00 mulheres, já aprenderam a ler e escrever. A taxa de analfabetismo, no país, está calculada em cerca de 30% da população angolana, que se estima em 21 milhões de habitantes segundo as projecções do INE.
Desde o lançamento da campanha nacional de alfabetização, instituída a 22 de Novembro de 1976, o país tem registado um crescimento que tem permitido a elevação dos níveis de escolarização e profissionalização da população, permitindo a redução da taxa de analfabetismo estimada em 85 por cento em 1975, para menos de 34 por cento em 2014.