Cuvango - O administrador do Cuvango, Luís Paulo Ndala, manifestou-se preocupado com o atraso que se regista na conclusão de duas escolas, de 12 salas de aula cada, inseridas no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), que deviam estar prontas há dois anos.
A lentidão é justificada pelos empreiteiros por incapacidade financeira.
Trata-se da escola do bairro Zona 3, cuja obra inicial é de 2012, do Programa de Investimentos Públicos, tendo passado para o actual Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate a Pobreza, mas em 2022 transferida para o PIIM.
Está com uma execução financeira de 81,5% e a física de 70%, cujo empreiteiro é a Nap Serviços, uma obra prevista para três meses.
Já a segunda, uma obra de raiz, inserida no PIIM, foi consignada em 2020 para um período de execução de seis meses, à empreiteira Mega Construções e a execução física está actualmente a 89% e a financeira a 93%, faltando dentre outras coisas, a quadra polidesportiva e a conclusão da instalação nas salas.
Ao falar do assunto, numa reunião de balanço de visitas efectuadas nas referidas obras, na semana finda, o administrador afirmou serem escolas essencialmente do ensino primário, mas podem ser adaptadas ao secundário, dependendo da necessidade do município, pois são infra-estruturas “grandes”.
Declarou serem escolas que estão em construção há anos e não são concluídas, pois as duas têm um orçamento superior de 291 milhões de kwanzas, e pelo que não se justifica o atraso das mesmas, as empresas teriam condições para as concluir.
Administração pensa entregar obras, mesmo inacabadas
Luís Paulo Ndala ressaltou terem uma visão unânime com população local, de que não obstante de não estarem concluídas, as obras deviam ser entregues e utilizadas, porque do ponto de vista prático não conseguem ter um período concreto para que as escolas em causa sejam concluídas.
Salientou ser uma decisão que não depende só do município, mas do Governo da Huíla também, e caso as escolas fossem utilizadas já serviria para abrigar alunos que ainda estudam de baixo de árvores, assim como crianças que não conseguem a escolaridade inicial por falta de infra-estruturas.
O PIIM no Cuvango tem 13 projectos sociais inseridos no PIIM, destes um é de âmbito central e 12 de coordenação local, estes estão avaliados em mais de mil milhões de kwanzas. Dos 12 projectos, nove foram concluídos e já entregues à população e três por concluir, nomeadamente as duas escolas e um de terraplangem de 85 quilómetros.
O município do Cuvango dista 356 quilómetros a Leste do Lubango e tem uma população estimada em 106 mil 421 habitantes. EM/MS