Luau – Os participantes ao I Conselho Consultivo do Ministério da Educação (MED), realizado, de 2 a 3 de Maio, no município do Luau, província do Moxico, recomendaram a expansão da rede escolar e a melhoria da qualidade educativa no país.
Essa recomendação foi feita no final do I Conselho Consultivo Nacional do sector, que decorreu sob o lema "A transformação da educação começa com o professor", sob orientação da ministra da Educação, Luísa Grilo.
De acordo com o documento do encontro a que a ANGOP teve acesso, a medida servirá para aproximar as unidades escolares dos alunos, uma vez que, 31 dos estudantes do país percorrem, em média, dois quilómetros, enquanto 54 por cento deslocam cerca de quatro quilómetros para ter acesso ao ensino.
Actualmente o país possui 10 mil e 12 escolas desde o primário ao ensino médio, sendo que a Huíla é a província que congrega maior número, perfazendo 13,5 por cento das unidades.
Das escolas existentes no país, segundo o documento produzido no encontro, apenas 17,8 por cento possuem fonte de iluminação da rede pública, enquanto 13% beneficiam de água canalizada e 40% com instalações sanitárias em funcionamento.
Para inversão deste quadro, o Conselho Consultivo recomendou aos governos provinciais e administrações municipais para a construção e criação de condições de segurança das estruturas, dedicando maior atenção ao fornecimento de água e energia eléctrica.
O Conselho recomendou a expansão e aceleração do Programa de Aprendizagem para Todos (PAT II), em todo território nacional, com vista ao empoderamento das raparigas, diminuição da pobreza e a melhoria da qualidade de vida da aprendizagem em Angola.
Para a concretização deste feito, o Conselho Consultivo considerou necessário o incentivo da apropriação do projecto pelos órgãos da administração local, assim como exigir maior engajamento dos gabinetes e secretarias da educação, na formação das acções baseadas no género, assédio, abusos e exploração sexual nas escolas.
No mesmo pendor, recomendou-se a aceleração e expansão do programa Todos Unidos Pela Primeira Infância (TUPPI), em todo o país, dada a relevância e o impacto nas famílias de baixa renda e nas comunidades rurais, para crianças dos zero aos seis anos de idade.
Os membros do Conselho Consultivo recomendaram, igualmente, a advocacia para que as escolas do ensino secundário sejam inseridas como unidades pagadoras, para garantir a sua autonomia financeira. LTY/TC/YD