Luanda - Trinta estudantes do Instituto Confúcio da Universidade Agostinho Neto (UAN) beneficiaram, esta quarta-feira, em Luanda, de bolsas de estudos internas para conclusão da formação, numa iniciativa do Governo da República da China.
As bolsas foram entregues de forma simbólica a seis dos 30 estudantes, pelo embaixador chinês em Angola, Zhang Bin, à margem da cerimónia de recepção dos 150 discentes que terminaram a formação superior na China.
No final do acto, o embaixador disse à imprensa que o gesto faz parte das relações entre os dois países e visa apoiar e assistir os estudantes que se destacam.
O evento visou reunir os ex-estudantes e estudantes angolanos na China, para que estes possam celebrar a sua amizade e trocarem impressões sobre o seu país.
Salientou que desde 2021, 409 estudantes angolanos foram formados no seu país, dos quais 135 são beneficiários de bolsas do Governo chinês.
Anualmente enviam cerca de 20 bolseiros angolanos à China.
Por outro lado, o embaixador recordou que o volume das trocas comerciais entre Angola e a China atingiu, em 2023, 23 biliões de dólares norte-americanos.
Agradeceu o apoio que as instituições públicas têm dado à cooperação com Angola no domínio da educação, entre outros.
A China começou a receber estudantes angolanos pouco tempo depois do estabelecimento das relações diplomáticas, em 1983.
Manifestou satisfação ao ver que estudantes que regressaram têm se destacado em vários sectores em Angola e contribuindo para a promoção do intercâmbio e cooperação entre as duas repúblicas.
O ex-estudante Edson Martins, que ficou 12 anos na China, disse ter viajado primeiramente pelo Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudos (INAGBE), para formar-se em medicina clínica.
Explicou que fruto do seu bom desempenho, o Governo chinês ofereceu bolsa para o mestrado e doutoramento, tendo conquistado o grau de PhD em Endocrinologia Clínica.
Adiantou que como resultado da sua formação e estada na China, criou uma biblioteca com 180 livros na língua mandarim. SJ/OHA