Lubango - As bibliotecas devem transformar-se em centros de pesquisa mais dinâmicos, para melhor servirem os seus usuários, adaptando-se à nova era digital, considerou hoje, quarta-feira, o vice-reitor para a área Científica e Pós-graduação da Universidade Mandume ya Ndemufayo (UMN), Francisco Gonçalves.
O académico falava hoje, quarta-feira, no Lubango, durante a Conferência Provincial do Dia Mundial das Bibliotecas, promovida pela Faculdade de Medicinas da UMN, assinalado no pretérito 01 do mês em curso.
O vice-reitor afirmou que os frequentadores das bibliotecas devem ver as tecnologias como um elemento imprescindível no processo de busca de conhecimento, daí que as instituições de ensino devem apostar mais nesse segmento.
Referiu que apesar das dificuldades, as universidades devem paulatinamente introduzir e investir de forma nas novas Tecnologias de Informação e Comunicação junto das suas bibliotecas, provocando mudanças internas e promover produtos e serviços aos usurários.
Salientou que nos últimos anos, a globalização colocou a biblioteca num período de transição e decisões a serem tomadas a respeito de que equipamentos precisam adquirir, os programas e softwares mais adequados, entre outras questões, fruto das mudanças tecnológicas.
“Uma biblioteca bem organizada torna-se num dos núcleos mais importantes da comunidade que nela esta inserida. Organizar a biblioteca é torná-la viva, agradável, funcional, capaz de ir ao encontro das necessidades dos leitores”, continuou.
Já o reitor da Universidade Óscar Ribas, Eurico Gungula, ao falar sobre os desafios das bibliotecas no mundo virtual, afirmou que as universitárias estão em fase de reestruturação, necessitam de obras produzidas por professores, investigadores e ainda enfrentam a escassez de obras técnicas científicas produzidas e disponíveis.
“Quando falamos da virtualização, temos de enfrentar desafios como a fonte de alimentação das bibliotecas, as monografias, dissertações e teses de doutoramento. Esses estão disponíveis em acesso aberto e servidos para nossas as localidades, e os outros tem a ver com a visualização”, continuou.
Declarou que o mundo está quase bipolarizado no que se refere a produção científica, há quem defenda a lógica do conhecimento restrito e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) vem em defesa da produção do conhecimento científico produzido na academia como bem público e é isso é que tem de ser mais debatido.
A globalização, segundo o reitor, veio para ficar e as universidades estão em condições de passar por esse processo.
A actividade contou com uma feira de livros, venda e sessão de autógrafos de obras de Anselmo Vasco e uma conferência sobre os desafios das bibliotecas no mundo virtual.
Participam no evento professores, estudantes, directores de escolas, representantes de bibliotecas e membros da sociedade civil da Huíla.
O Dia Mundial das Bibliotecas celebra-se a 01 de Julho, a data visa enaltecer a importância da leitura na educação e formação das pessoas, tal como é referido no Manifesto da UNESCO sobre bibliotecas públicas, com o ituito de servir como uma porta de acesso local ao conhecimento para o desenvolvimento cultural do indivíduo e os grupos sociais. EM/MS