Luanda – Dois mil alunos da 6ª e 12ª classes serão submetidos ao Exame Nacional Piloto do Ministério da Educação (MED), nos dias 23 e 24 de Junho deste ano, para aferir se os objectivos do sistema de ensino e aprendizagem cumpriram com o preconizado durante o ano lectivo.
Durante uma conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, em Luanda, a ministra da Educação, Luísa Grilo, esclareceu que a escolha das duas classes deve-se ao facto de representarem o final do ensino primário e do secundário.
Os alunos a serem seleccionados de forma aleatória serão submetidos a testes de Língua Portuguesa e Matemática, disciplinas nucleares de qualquer classe.
O Exame Nacional Piloto, que pretende gradualmente aumentar o número da amostra, vem de maneira externa avaliar o sistema e permitir a reavaliação do sistema de educação.
Este instrumento de avaliação tem como objectivo conferir se o aluno aprendeu o que estava previsto ao professor ensinar, bem como se os manuais estão realmente a ser objectivos e esclarecedores.
O exame não será elaborado nem aplicado pelo pessoal docente da instituição que o estudante frequenta, mas por técnicos do Ministério da Educação (MED) seleccionados e capacitados para o efeito.
"A avaliação de um sistema de ensino funcional não pode ser apenas por provas dos professores ou exames nacionais, mas deve ser feito em todo o processo, para encontrarem as reais dificuldades e possíveis soluções”, disse.
A ministra explicou que o processo, também conhecido como avaliação externa, deve ser desencadeado no final de cada ano, para analisar também os perfis de saída dos alunos.
O exame será realizado em simultâneo nas 18 províncias do país.
O mesmo não tem capacidade de reprovar, nem aprovar os estudantes, apenas auferir os níveis de aprendizagem e ensino.
Para efeito, foram seleccionados 250 técnicos nacionais, tendo em conta a antiguidade de serviço e sua experiência, devidamente capacitados, em grupos diferentes para elaboração, classificação e aplicação do teste.
O MED conta, para êxito do exame, que abrangerá o ensino público, privado e o inclusivo, com 17 técnicos do Instituto Português responsável pelos exames portugueses (IAVE).
A nível do Ministério da Educação, o processo está a ser coordenado pelo Instituto de Desenvolvimento do Ministério.