Luanda - A Unidade de Informação Financeira (UIF) autorizou, em 2021, o bloqueio de 31 operações suspeitas de branqueamento de capitais no valor de 102,52 mil milhões de kwanzas e outros 4,24 mil milhões de euros.
De acordo com o relatório anual 2021 da UIF, a que ANGOP teve acesso, as operações foram bloqueadas mediante pedidos prévios de entidades.
Ainda segundo o documento, mais de 50% dos pedidos referidos foram confirmados a homologação, por parte do órgão competente que abriu os respetivos processos de investigação.
Durante o ano de 2021, a Unidade de Informação Financeira (UIF) registou, nas Declarações de Operações Suspeitas (DOS), um aumento de
mais de 350, de um total de 858.
Foi, de igual modo, registado uma ligeira redução nas Declarações de Identificação de Pessoas Designadas (DIPD), num total de seis, menos um em relação ao ano de 2020.
A UIF diz ter tratado 59% das comunicações recebidas, mediante disseminações feitas aos
orgãos competentes.
No período em referência, a UIF recebeu 49 comunicações expontâneas de instituições nacionais e 22 de entidades internacionais, com realce para países como Síria, Luxemburgo, Singapura, Malta, Bermuda, entre outros.
"Quando não parecem estar reunidos os requisitos para que se efectuem uma Declaração de Operação Suspeita (DOS), uma Declaração
de Identificação de Pessoas Designadas (DIPD) ou ainda uma Declaração de Transação em Nu-
merário (DTN), mas, ainda assim, pensa-se estar em poder de informação relevante,(...) as instituições podem remeter à UIF comunicações espontâneas", explica o documento.
Actualmente, 26 bancos devem comunicar as Declarações de Transacções em Numerárias.
Para que se conhecer os indicadores nacionais de Branqueamento de
Capitais e Financiamento do Terrorismo, a UIF exemplificou, no seu relatório, alguns casos reais recebidos e que ajudam a compreender a tendência do mercado angolano.
