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Tributação do IRT nas FAA e Polícia mantém-se

     Economia              
  • Luanda • Segunda, 21 Dezembro de 2020 | 19h07
Efectivos da Polícia Nacional
Efectivos da Polícia Nacional
Pedro Joao

Luanda - O processo de parametrização dos dados dos efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA) e da Polícia Nacional (PN) no Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (Sigfte), pelo Ministério das Finanças, está na base do atraso da aplicação do Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT) a este grupo, desde Setembro.

O novo código, que entrou em vigor no dia 01 de Setembro, isenta os rendimentos mais baixos, até 70 mil kwanzas, e acabou com  a isenção dos rendimentos dos militares.

Aumentou também a carga  tributaria para ordenados acima de 200 mil kwanzas, com o objectivo de instituir maior justiça tributaria.

Nesta segunda-feira, o administrador da Administração ao Geral Tributária (AGT), José Leiria, fez esclarecimentos sobre o processo, durante um encontro denominando “à mesa com a Imprensa”, que abordou as principais medidas  fiscais e aduaneiras referentes ao OGE 2021 e pre-balanço tributário de 2020.

Ao contrário dos  funcionários  da função pública e privada, que viram em Setembro, os seus salários, acima dos 70 mil kwanzas com descontos, com base no novo Código do Imposto sobre Rendimento de Trabalho (CIRT), os efectivos militares e policiais mantém  os seus ordenados intactos, uma situação que será temporária.

Segundo o responsável, o processo de descontos do IRT aos efectivos das FAA e da PN está atrasado pelo facto de muitos não  estarem bancarizados, do ponto de vista dos ordenados e outros pressupostos.

Sem avançar dadas, referiu que tão  logo o trabalho for concluído, passam a pagar o IRT  mediante a retenção na fonte, esclarecendo que  tal atraso  não implicara o pagamento deste imposto com  retroativos, visto ser um atraso  que envolve o próprio Estado.

Os técnicos das Finanças que processam os salários trabalham  com o apoio dos respectivos departamentos ministeriais (Defesa e  Interior), no  cadastramento.

“Estamos num processo em que os efectivos ainda  não estão a ser tributados, não  necessariamente  pelo facto de haver um recuo na  aplicação  do novo Código do IRT, em vigor desde Setembro”, esclareceu José Leiria.

A referida adequação, em curso, vai permitir que a tributação do IRT aos  efectivos das FAA e Polícia  Nacional ocorra de forma automática  no sistema de pagamento dos funcionários públicos.

A AGT justifica ainda que o processo que previa a introdução dos dados no referido sistema não foi efectuado previamente, visto que as Finanças aguardava primeiro pela aprovação do diploma pela Assembleia Nacional.

Tendo em conta o elevado número  dos efectivos das FAA e da PN, quase metade dos funcionários públicos do país, o seu processo de inserção  no sistema poderá levar tempo.

“O regime está publicado. É uma Lei. Não  temos em carteira nenhuma   revogação deste regime. Estamos num processo no sentido de  garantir que o sistema possa reter o IRT e a AGT está a acompanhar os procedimentos”,reiterou o responsável.

A nova tabela do IRT contempla 13 escalões  com taxas  que variam  entre os 10% a 25% e na sua aplicação, os salários acima de 200 mil kwanzas estão a sofrer  maiores descontos.





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