Taxa de penetração de seguros no país estagnou em 0,70%

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  • Luanda • Terça, 11 Outubro de 2022 | 16h05
Uma indústria têxtil  (Foto ilustração)
Uma indústria têxtil (Foto ilustração)
Gaspar dos Santos

Luanda - A taxa de penetração do sector de seguro no país estagnou em 0,70% em 2021, quando comparada em 2020, disse hoje, em Luanda, o director do Gabinete de Estudos e Planeamento Estratégico da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), César Marcelino.

Falando na sessão de apresentação pública do Relatório de Mercado, referente ao exercício económico de 2021, César Marcelino explicou que a estagnação da taxa de penetração, medida essencial da contribuição do sector na formação de riqueza nacional, deveu-se à dinâmica do próprio mercado.

Por outro lado, o responsável fez saber que, apesar da estagnação da taxa de penetração, o sector de seguros em Angola registou, em 2021, um crescimento à volta dos 24%.

Segundo César Marcelino, em relação às indemnizações pagas, respeitantes ao valor que as seguradoras ressarciam aos segurados, cresceram à volta de 11%, deixando claro que as seguradoras têm vindo a cumprir as suas responsabilidades.

O director do Gabinete de Estudos da ARSEG diz que a taxa de sinistralidade tem tendência decrescente, sendo que foi apurada uma taxa de sinistralidade à volta de 37%, registando uma redução de 4%, em relação ao ano anterior.

Em relação às comissões de seguros directos, adiantou que cresceu à volta de 57%, sendo que se destaca o ramo vida.

Explicou que, no resseguro, os prémios cresceram à volta dos 23%, sendo a petroquímica, o ramo que registou maior taxa de cedência, “muito pela característica da actividade, inerente ao sector e da necessidade de se transferir o risco”.

Detalhou que, ao analisar a situação patrimonial e financeira das actividades de seguro, em específico, a estrutura do activo, pouco mais de 53%, estiveram ligados ao investimento, depósito e caixa.

Disse que na estrutura da carteira de investimento os imóveis ainda representam a maior parte desta fatia, a volta de 45%, por conta do mercado.

De acordo com o César Marcelino, a densidade de seguro, que mede o rácio entre os prémios brutos emitidos e a população, cresceu, estando a volta de 8 650 kwanzas.

“Os angolanos têm contribuído mais para a formação dos prémios brutos emitidos, durante o ano 2021”, reforçou.

O Relatório de Mercado é um documento elaborado anualmente pela ARSEG e tem como objectivo tornar público o desenvolvimento do mercado de seguros, resseguros, mediação de seguros e fundo de pensões, obtido durante o ano em referência.

A ARSEG é o Órgão especializado ao qual incumbe a regulação, supervisão, fiscalização e o acompanhamento da actividade seguradora, resseguradora, de fundos de pensões e de mediação de seguros e resseguro em Angola.



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