Luanda - A combinação dos preços das ramas angolanas mais valorizadas nos mercados internacionais atingiu, em Fevereiro, um valor médio de 95,36 dólares por barril (BBL), negociadas com USD 2,31/BBL a mais, acima do valor do Brent (Referência do petróleo de Angola).
No período em análise, o Brent foi comercializado ao preço mais alto de USD 97,97/BBL, tendo atingido uma média mensal de USD 93,05/BBL, ao passo que o WTI referência para os Estados Unidos da América (EUA) atingiu o preço mais alto de USD 95,72/BBL e uma média mensal de USD 91,50/BBL.
De acordo com o relatório da PetroAngola - empresa angolana especialista em petróleo, gás e energias renováveis, as ramas angolanas, ao longo do mês de Fevereiro, foram comercializadas a prémio em relação ao Brent.
O relatório, a que a ANGOP teve acesso, traz em destaque a rama angolana de Cabinda, que foi a mais bem valorizada no mercado, em Fevereiro, tendo atingido o preço mais alto de USD 100,92 por barril e uma média mensal de USD 95,83/BBL.
Segue-se a rama Girassol, com uma média mensal de USD 95,49/BBL e o preço mais alto de USD 102,82, de acordo com o relatório mensal publicado pela PetroAngola.
De igual modo, a rama Nemba teve resultado que lhe permitiu ocupar a terceira posição com o preço mais alto de USD 100,22/BBL e uma média mensal de USD 95,10/BBL.
O documento destaca ainda a rama Dália, que atingiu o preço mais alto de USD 100,17/BBL e uma média mensal de USD 94,75/BBL.
No mês em causa, verificou-se uma maior valorização do WTI em relação ao Brent, sendo que o primeiro sofreu um aumento de USD 9,18 e o segundo teve um aumento em torno dos USD 8,10, isto relativamente às médias alcançadas em Janeiro para ambos os “benchmark”.
Angola produziu um volume total de 31,948 milhões de BBLS, em Fevereiro, uma média diária de 1,141 milhões de barris de petróleo dia (BPD), representando uma redução de 4% em relação a Janeiro.
Nesse mês (Janeiro), a produção atingiu os 36,611 milhões de barris, correspondendo a uma média diária de 1,189 milhões de barris de petróleo por dia (BPD). Os blocos 17, 0 e 32 destacam-se nos níveis de produção.
Gás natural também segue alta
A produção de gás associado fixou-se em 81,621 milhões de pés cúbicos (MMSCFD) em Fevereiro, perfazendo uma média diária de 2,913 MMSCFD, o que representa um declínio de 14% em relação ao mês anterior.
Em Janeiro, de acordo com o relatório, a produção foi de 91,871 MMSCFD, correspondendo a uma média diária de 2,964 MMSCFD.
Do volume total de gás produzido, 42% foram injectados, 7% disponibilizados para a geração de energia nas instalações petrolíferas, 16% exportados para a fábrica Along-Angola Gás Natural Liquifeito, 4% para a queima e os remanescentes 31% foram utilizados nas operações de gás lift, um dos métodos mais conhecidos para a elevação artificial de fluidos, sendo largamente empregado na indústria do petróleo.