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Projecto da Refinaria de Luanda quase na recta final 

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 18 Maio de 2022 | 20h58
Refinaria do Soyo vai custar USD 3,5 mil milhões
Refinaria do Soyo vai custar USD 3,5 mil milhões
Francisco Miúdo

Luanda - O projecto de aumento da capacidade de produção de 300 para 1 200 toneladas métricas/dia de gasolina, na Refinaria de Luanda, está  quase na recta final, afirmou, esta quarta-feira, o responsável Unidade de Negócio, Refinação e Petroquímica da Sonangol (Sonaref),Joaquim Kiteculo.

Joaquim Kiteculo, que não avançou  mais detalhes em relação ao projecto, referiu apenas que estão a concluir a empreitada, que vai triplicar a produção de gasolina.

Falando no VIII Congresso da Organização Africana de Produtores de Petróleo (APPO), que abordou o tema “Oportunidades  na Refinação  e no Processamento  Petroquímico “, referiu que, actualmente,  da demanda de  440 mil barris por dia, a nível do país, a Sonangol só consegue satisfazer  20% da necessidade de derivados de petróleo bruto.

Além da Refinaria de Luanda,  uma empreitada orçada em 235 milhões de dólares, estão em curso as de Cabinda, Soyo (Zaire) e Lobito (Benguela), empreitadas que vão aumentar  a capacidade de refinação  de derivados de petróleo no país.

Depois do lançamento da primeira pedra para a construção da Refinaria do Soyo, no princípio deste mês mês,  que terá a capacidade para produzir 100 mil barris de petróleo por dia, a Sonangol relançou, esta semana, os trabalhos  de engenharia da Refinaria  do Lobito que vai processar 200 mil barris de petróleo/dia. 

Na ocasião, o secretário executivo da Associação Africana de Refinadores e Distribuidores, Anibor  Kragha, que foi o moderador do tema, enalteceu os esforços do Governo de Angola na construção das refinarias, que vão, no seu entender, impulsionar o sector a nível de África, sobretudo junto dos países vizinhos.

Cerca de USD 15,7 biliões  para actualizar refinarias 

De acordo com o documento exibido neste encontro, são necessários, aproximadamente, 15,7 biliões de dólares para a actualização das refinarias africanas para produzirem combustível Afro-6 ,com teor  de 10 ppm  (partes por milhão) de enxofre.

Do  referido  valor total, os custos das estimativas são mais ou menos fixados em 50%, sendo que na região Norte da África os custos estão na ordem dos 5,955 biliões de dólares, para a  África Ocidental e Central nos  6,285 biliões de dólares, e com menos valor para a  África Oriental e Austral  na ordem dos 3,415 biliões de dólares.

Por outro lado, África vai precisar melhorar  a sua tecnologia, no quadro da transição energética, passando por três décadas, isso é, 2030, 2040 e 2050.

Até lá, os países poderão adoptar mudanças das energias renováveis (solar e éolica), biocombustíveis, combustível de aviação sustentável (Saf), gás para actualização de infra-estruturas de energia, gás liquefeito de petróleo (GPL) limpo para uso doméstico, a actualização das refinarias de combustíveis e combustíveis limpos e infra-estruturas de distribuição.

O modelo de refinaria para o futuro também foi apresentado neste evento, em que participam delegações de 15 países membros da APPO, observadores, operadoras multinacionais, nacionais e prestadores de serviço.

O  VIII Congresso é Exposição dos Produtores de Petróleo em África termina nesta sexta-feira. 





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