Catumbela – O Governo angolano prevê investir cerca de 70 milhões de dólares na implementação de um plano de emergência, para solucionar o défice no abastecimento de água no litoral da província de Benguela.
O plano visa que os municípios de Benguela, Lobito e Baía Farta recuperem a capacidade instalada, com a aquisição de bombas e outros equipamentos electromecânicos, pelo facto dos actuais se encontrarem, na sua maioria, em estado obsoleto.
De acordo com o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, o Governo quer desenvolver uma solução de emergência, enquanto se aguarda por uma intervenção definitiva, no quadro da terceira fase do Projecto Águas de Benguela.
Este plano, apontou o ministro, é uma acção intercalar, dentro do programa de emergência, sob coordenação do Governo Províncial de Benguela, estando o investimento estimado em cerca de 70 milhões de dólares, fruto do levantamento feito.
No caso do Lobito, onde a degradação dos equipamentos, instalados há mais de 13 anos, reduziu o abastecimento a 50 por cento da capacidade instalada, o governante apontou a necessidade de ampliação da rede de distribuição, além dos sistemas de bombagem.
Em relação a Benguela, explicou que o plano de emergência vai incidir, sobretudo, nos sistemas de captação e tratamento, numa perspectiva de ampliar o abastecimento de água, dentro de um ano.
O ministro da Energia e Águas reforçou ainda a ideia do redimensionamento dos sistemas de água no Lobito e em Benguela, para dar resposta à falta de água que afecta as localidades e que tanto preocupa o Governo.
João Baptista Borges, acompanhado de quadros seniores do seu sector, trabalhou, por algumas horas, em Benguela, onde abordou com o governador provincial, Luís Nunes, a problemática do abastecimento de água no litoral.
A execução da terceira e última fase do projecto “Águas de Benguela”, que se previa concluir em 2013, continua condicionada devido à crise financeira.
A prioridade na terceira fase era o aumento da capacidade de produção de água tratada, o reforço das instalações já desenvolvidas (transporte e reservação) e a continua expansão da rede de distribuição a todos os segmentos da população na província de Benguela.