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Petróleo gera mais de 90% das receitas em divisas

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 10 Novembro de 2021 | 20h44
Ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior
Ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior
Clemente dos Santos

Luanda – Mais de 90 por cento das receitas de moedas externas de Angola provém do sector petrolífero, facto que demonstra ainda a contínua dependência económica do país ao crude, afirmou, esta quarta-feira, em Luanda, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.

Ao discursar na cerimónia de inauguração do primeiro Centro de Alta Tecnologia da África Subsariana, instalado no município de Viana (Luanda), o governante sustentou que, apesar de se registar uma diminuição do peso do sector petrolífero na economia nacional, os níveis das exportações quase que não se alteram.

Esse quadro, apontou, tem afectado, negativamente, a economia angolana, principalmente, quando se regista baixas significativas no preço do principal produto de exportação do país. 

Perante esse cenário, o ministro de Estado reiterou a necessidade de se apostar fortemente na diversificação económica, com uma produção nacional firme, aumento das exportações não petrolíferas e substituição de produtos importados. 

Para tal, prosseguiu, é crucial que o sector petrolífero continue a gerar recursos financeiros necessários que sirvam para financiar e acelerar o processo da diversificação económica e tornar o país menos dependente do petróleo. 

Para tornar viável esse desafio, assegurou que o Executivo angolano está a trabalhar no sentido de reverter a actual diminuição da produção de petróleo no país, provocada pelo atraso da entrada em funcionamento de novos poços e o declínio natural dos campos produtivos.  

Um dos sinais visíveis desse objectivo, apontou, foi a célere aplicação da legislação, aprovada recentemente, no domínio dos petróleos e gás, bem como o aumento das taxas de recuperação dos poços e do relançamento da exploração do crude no país.  

Quanto ao surgimento do centro tecnológico, para testes e manutenção de equipamentos subaquáticos de plataformas de produção de petróleo, o ministro de Estado considerou de histórica a entrada em funcionamento deste empreendimento, por ser um acto inédito que antecede a comemoração dos 46 anos da Independência de Angola.

Por isso, apelou aos quadros e empresas nacionais a tirarem melhor proveito das oportunidades geradas pela cadeia de valor deste centro. 

Para o governante, a máquina denominada Câmara Hiperbárica constitui uma excelente plataforma para a criação de postos de trabalho e transferência de conhecimento para à mão-de-obra nacional.

Por outro lado, mostrou-se confiante que este centro traga serviços inovadores, para o aumento da eficiência e da capacidade da indústria petrolífera nacional.

O primeiro Centro de Alta Tecnologia da África Subsariana é um investimento privado da empresa de direito angolano, Ake Solutions Angola - Aksel, que investiu 25 milhões de dólares norte-americanos, para erguer a infra-estrutura.

 





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