Luanda - O peso da indústria extractiva no crédito global concebido pelos bancos comerciais, nos últimos três anos, foi estimado em 4,0%, em média anual, com uma tendência de crescimento face às estratégias e políticas trançadas do Conteúdo Local.
Os dados avançados, esta quarta-feira, pelo Banco de Fomento de Angola (BFA), no VIII Congresso da Organização Africana de Produtores de Petróleo (APPO), dão conta da tendência do crescimento em torno da percentagem média anual concedida crédito ao sector extractivos.
Em 2019, por exemplo, do crédito global concebido de 12 024 mil milhões de dólares norte-americanos, com 3,1%foi para a indústria extractiva.
No ano seguir, em 2020, a indústria extractiva recebeu da banca crédito na ordem dos 5,0% dos 11,250 mil milhões do crédito global concebido.
Já em 2021, a percentagem foi um pouco mais reduzido face aos anos anteriores, tendo se fixado em de 3,2%, do total de 15, 535 mil milhões de dólares norte-americanos.
Os números foram apresentados no painel sobre do Investimento e Finanças: Facilitando o investimento na indústria de petróleo e gás de África, pelo técnico sénior da direcção de Banca de Investimento do BFA, Paulo Graça Silva.
Segundo Paulo Silva, o crescimento do financiamento do sector de petróleo e gás deverá ser suportado pela estratégia de aprendizagem gradual e com a participação dos bancos comerciais locais, de desenvolvimento africanos e pelos maiores bancos comerciais africanos.
As alterações estratégicas marcadas ao nível do sector, nomeadamente, a criação da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), o regime jurídico do Conteúdo Local do sector do Petróleo e Gás (Decreto Presidencial 271/20), as concessões onshore a ser desenvolvidas pelas operadoras locais e internacionais, estão a dar impulso ao sector extractivos, de acordo com o responsável.
Os "Big five" no Top dos bancos africanos
Das mais de 60 instituições financeiras que apoiam o sector extractivo africano, estão no papel de liderança financeira do processo de financiamento de investimento do sector, o Standard Bank com 172 873 mil milhões de dólares, seguido do Banco Nacional do Egipto com USD 124,901 mil milhões.
Na lista integram a ABSA Bank, com USD 87,788 mil milhões, a First Rand, com USD 81,869 mil milhões e a Ned Bank, com USD 78, 648 mil milhões.
Outros bancos que fazem parte da lista, mas fora do "Big fives" são o Banco de Desenvolvimento Africano, o Afreximbank, o Banco de Desenvolvimento Sul Africano, a African Finance Corporation (AFC), East African Development Bank, Eastern and South em African Trade and Development Bank, entre outros.
Em torno do painel
Os países membros da APPO e seus observadores reflectem sobre a posição a tornar dadas as posições publicamente proclamadas de muitas instituições financeiras globais contra o financiamento de petróleo e gás projetos e a migração gradual de IOCs (indicador de comprometimento) para renováveis.
Os membros procuram discutir o quê que a África está fazer para garantir que os recursos para as suas operações de petróleo e gás não secam, quando tem mais de 125 biliões de barris e mais de 500 triliões de pés cúbicos de reservas comprovadas de petróleo e gás, respectivamente.
