Lubango – A pesca continental na Huíla, mais precisamente nos rios dos municípios da Matala, Quipungo, Cuvango, Caluquembe, Chicomba e Jamba, caiu de quatro toneladas/mês, em 2017, para 800 quilogramas actuais, um tombo agudizado pela falta de financiamentos e a degradação dos meios.
A actividade de pesca continental nos mais diversos cursos de água nestes municípios carece de uma revitalização, para que volte à alta produção. Ao todo, 15 associações, que congregam 130 pescadores são responsáveis pela produção.
A degradação dos meios de trabalho, como barcos, redes e outros, é aprontada como a principal causa da decadência, conforme o chefe do Departamento Provincial de Pescas, do gabinete da Agricultura, Pecuária e Pescas da Huíla, José Maria Candungo.
Em declarações à ANGOP, o responsável referiu que fruto da falta de revitalização, o ritmo da pesca continental baixou nesses municípios, onde é desenvolvida a actividade, porque as associações encontram dificuldades de acesso a financiamentos e muitos dos operadores já não têm redes, fios, anzóis, nem canoas.
Frisou que apesar de haver alguns municípios que, no âmbito do combate à pobreza, estejam a adquirir kits de pesca, ainda são insuficientes para relançar-se uma actividade sustentável nessas comunidades.
Apelou aos bancos a serem “flexíveis”, com a criação de pacotes atractivos para o sector, minimizando a burocracia, para que os pescadores encontrem novas modalidades para dinamizar a actividade, pois até o momento dos pedidos de crédito no sector feito à banca, há mais de cinco anos, nenhum foi satisfeito.
A província da Huíla é rica em recursos hidrológicos, razão pela qual a pesca continental é desenvolvida maioritariamente nos rios Cunene, Caimoni, Quiteve (Matala), Losseque (Chicomba), Cubango (Cuvango), Sacalesso, Calepi e Huilo (Caluquembe), lago do sendi e o rio Chicungo (Quipungo), bem como na bacia hidrográfica do Cului (Jamba).EM/MS