Luanda - As obras do Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD), avaliadas em 547,8 milhões de dóalres e com capacidade de armazenar, em terra, 580 mil metros cúbicos de combustíveis refinados, decorrem a bom ritmo.
A constatação é do ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, após uma visita ao local, esta quinta-feira, tendo concluído que as distintas fases da empreitada estão a ser cumpridas.
Durante a visita, foram apresentados os avanços de engenharia e áreas afins do projecto, realizados nos últimos dois meses, com destaque para a base de vida, os estaleiros, a escola de solda e a estrutura marítima, o que permitiu constatar o bom ritmo das actividades.
Na ocasião, o governante manifestou a sua satisfação pelo que observou, mas alertou para a necessidade do cumprimento dos prazos de conclusão das obras, prevista para o segundo semestre de 2023.
Asseverou que o projecto "é de extrema importância para Angola, bem como para os membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC)".
O projecto, esclareceu o ministro, vai possibilitar o país a dar solução ao défice de armazenamento de derivados do crude, visto que se tem recorrido a meios flutuantes.
"Com este projecto, iremos aumentar a capacidade de armazenamento em terra e diminuir custos com a armazenagem, o que também vai permitir o desenvolvimento do segmento desta actividade", reiterou.
De acordo ainda com Diamantino de Azevedo, com o projecto, o país terá a possibilidade de armazenar e canalizar petróleo de e para outros países, principalmente os vizinhos.
Ainda no quadro da armazenagem, disse que foram aprovados dois decretos presidenciais referentes à estratégia de segurança nacional e de segurança estratégica de derivados de petróleo, que obrigarão o aumento da capacidade de "stockagem".
Com a construção do TOBD, Angola terá a possibilidade de criar reservas estratégicas de combustíveis líquidos, assim como de espaço para comercializar serviços de armazenamento para os países da região.
As obras do TOBD, que ficaram paralizadas desde 2017, retomaram em Setembro de 2021, após a assinatura de três contratos entre a Sonangol e a OECI - Odebrecht Engenharia e Construção Internacional.
A esta segunda empresa foi consignada uma empreitada no valor de USD 547,8 milhões. A mesma está a ser fiscalizada pela Dar Angola, sendo que a Soapro ficou encarregue de realizar os estudos de impacto ambiental do projecto.
O projecto de armazenamento de produtos petrolíferos, considerado estratégico, teve início em 2014 e dará origem ao Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD)
