Moçâmedes - Quarenta e sete empresas ligadas à exploração de recursos minerais estão cadastradas na província do Namibe, abarcando 74 concessões, das quais 27 na prospecção e 47 no ramo da exploração.
Estes dados foram revelados hoje pelo governador do Namibe, Archer Mangueira, na abertura do workshop sobre recursos minerais petróleo e gas, que decorre sob o lema " Exploração sustentável dos recursos minerais petróleo e gás, salientando que apenas 14 estão em pleno exercício da actividade, empregando 192 nacionais e 14 expatriados.
Archer Mangueira considerou ser uma base sólida para expandir e fortalecer o potencial mineiro da província, apontando os produtos minerais mais explorados como o quartzito, mármore, granito, xisto e burgau.
Adiantou que decorre a prospecção do lítio, berílio, terras raras, cobre e areias siliciosas.
"No seguimento do comércio externo, a província tem registado um volume considerável de importações cujas transações envolvem os minerais como o granito, quartzito, xisto, mármore e outros, com destino para a China, África do Sul, Espanha, Portugal, Egipto e Itália que, de certo modo, reforça a importância e o potencial dos nossos recursos minerais no cenário global", disse.
Este projecto, segundo o governante, não só criará oportunidades de emprego, mas também incentivará a inovação, a produção local e a atração de investimentos, impulsionando a região sul, particularmente o Namibe, para novos horizontes de crescimento sustentável.
Sublinhou ainda que representa avanços estruturais, mas também alicerces para a responsabilidade e patriotismo.
" Esta é uma oportunidade ímpar para juntos reflectirmos sobre o que constitui a base de riqueza material do nosso país. Portanto façamos com patriotismo", sublinhou.
Segundo o governador, é crucial observar e implementar práticas de exploração que sejam ambientalmente responsáveis, com foco rigoroso na preservação da biodiversidade marinha, consubstanciada na realização de avaliações ambientais, no uso de tecnologias avançadas para reduzir riscos de vazamento ou danos do ecossistema, além de medidas preventivas de resposta rápida em caso de incidentes.
" A medida que discutimos o futuro do sector mineiro e energético é crucial destacarmos a responsabilidade social da empresas que actuam nestes campos, pois estas têm o papel fundamental não apenas na geração de riquezas, mas também na promoção do desenvolvimento sustentável e na contribuição para o sucesso das comunidades onde operam" ,finalizou.
O evento, que tem como objectivo abordar a exploração de recursos petrolíferos no mar do Namibe, visa contribuir no progresso económico e social, por representar a nova visão de um futuro próspero e sustentável para a região sul do país.FA/VM