Moçâmedes - Armadores de pesca na província do Namibe sugeriram hoje, num encontro com o Gabinete Provincial das Pescas e do Mar, em Moçâmedes, a alteração do período da veda do carapau para quatro meses ao invés dos três fixado actualmente.
A alteração para o aumento de mais um mês surge em função dos resultados obtidos na captura desta espécie (carapau), nos últimos oito meses, de peixe juvenil (miúdo), em fase mesmo de reprodução.
Em declarações à ANGOP, o director do Gabinete das Pescas e do Mar, Piedade Gaonhe, informou que a veda do carapau vai de 1 de Julho a 31 de Agosto, e que têm notado, no primeiro mês da implementação da veda, que o carapau é miúdo e impróprio para a captura, mais ainda são pescados.
Disse ainda que a veda do carapau não é só para proteger o pescado juvenil, pois o mês de Junho é o período em que ocorre maior afloramento e o que se quer também é proteger os reprodutores.
Salientou que quando se levantou a veda do carapau a 1 de Setembro verificou-se que todo o carapau era juvenil e que ainda não estava em condições para ser capturado.
Para os armadores, o período de veda deve ser de um intervalo de quatro meses e não de três para que se possa pescar o produto com qualidade e que sirva para a dieta alimentar das famílias e não aqueles que ainda estão em fase de reprodução.
Nos últimos meses, foram capturados, na província do Namibe, mais de 500 toneladas de carapau. FA/PPA