Malanje - O Primeiro-secretário provincial do MPLA, Norberto dos Santos, defendeu terça-feira, maior aposta na formação de engenheiros agrónomos para se tirar maior proveito do potencial agrícola da região.
Falando durante um encontro com a comunidade académica da província, o político destacou os inúmeros recursos de que Malanje dispõe, mas lamentou a escassez quadros para a sua potenciação e transformação em riqueza real, pelo que apela as instituições de ensino superior a prestarem atenção especial a esta questão.
Na ocasião, Norberto de Castro apontou também como desafios das universidades a formação voltada para a transformação da produção do campo, com vista a se evitar perdas e agregar valor às diversas culturas produzidas na região, com realce para a mandioca, cujas cifras anuais situam-se acima de um milhão de toneladas.
Ressaltou, por outro lado, o reforço de apoio à agricultura familiar, por ser a base da produção nacional, assim como o incentivo à aquicultura juvenil. De igual modo, sustentou, a importância de a academia prestar serviços ao sector produtivo, como forma de obtenção de receitas.
Por sua vez, o coordenador da Comissão Instaladora da Universidade Njinga Mbande, Eduardo Ekundi, chamou a atenção para a necessidade de as Universidades estarem ao serviço do desenvolvimento sócio-económico, formando quadros à altura das exigências do sector produtivo.
Entende ainda ser urgente repensar a excessiva dependência das universidades públicas dos apoios do Governo, sugerindo, por isso, que se opte pela busca de outros financiamentos, através da criação de projectos de pesquisa.
O encontro ocorreu no âmbito do programa “termómetro”, que visa colher sugestões e propostas dos diferentes membros da sociedade, para a promoção do desenvolvimento económico e social da região, e analisou dois temas: “O contributo da Universidade no desenvolvimento de Malanje” e a “ Universidade e a política”.
Com o mesmo, pretende-se aproximar o partido MPLA às diferentes sensibilidades da sociedade para a resolução dos problemas sociais e económicos, pelo que contou com a participação de professores e estudantes da universidade pública Njinga Mbande e das privadas Dom Alexandre Cardeal do Nascimento e o Instituto Superior Politécnico da Catepa.