Dundo – O ministro da Economia e planeamento, Mário Augusto Caetano João, manifestou-se, esta quinta-feira, insatisfeito com a actuação dos bancos comerciais na província da Lunda Norte, principalmente no financiamento aos empresários e produtores locais.
O governante manifestou esta insatisfação durante o lançamento do Programa de Reconversão Informal (PREI), denunciando que “a banca comercial local, não financia o sector privado, o que condiciona a dinâmica da diversificação da economia e consequentemente a aumento da oferta de trabalho no sector privado”.
“A banca comercial na Lunda Norte não financia o sector privado, por isso, vamos ter um encontro com os mesmos, no sentido de se encontrar mecanismos sustentáveis para se alterar este quadro ao nível da província da Lunda Norte”, sublinhou.
Informou que até ao momento, apenas o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), tem financiado os produtores locais.
“Esta realidade infelizmente limita o número de produtores e/ou empresários no acesso ao financiamento da banca, porque o BDA por si só, não pode atender a todos, por isso, reitero o meu compromisso em trabalhar com os responsáveis dos bancos comerciais para alterar este quadro”, realçou.
PRODESI
Por outro lado, o governante anunciou que o ministério vai igualmente trabalhar com o BDA, visando o reforço do financiamento aos produtores de arroz na província da Lunda Norte, com vista a se ultrapassar, sobretudo, o problema de descasque e do escoamento do cereal.
“Estes produtores receberam um financiamento do âmbito do Alívio económico, mas não na proporção que deveriam receber, dai que nós ontem inauguramos a agência regional do BDA na Lunda Sul, para facilitar este reforço e permitir que os operadores dinamizem a produção do arroz e o mesmo se reflita na dieta alimentar dos cidadãos locais e não só”, disse.
Na sua agenda de trabalho à província da Lunda Norte, o ministro Mário Augusto Caetano João, visitou uma cooperativa agro-pecuária no município de Chitato, onde encontram-se armazenadas cerca de 35 toneladas de arroz, por falta de fábrica de descasque e escoamento.
A cooperativa beneficiou de um financiamento de 5 milhões de kwanzas no âmbito do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).
