Caxito – Cinco mil 429,195 metros cúbicos de madeira de diversas espécies foram produzidas, em 2021, na província do Bengo, contra 34 mil explorada em 2020, informou hoje, em Caxito, a responsável do departamento do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), Francisca Segunda Mande.
Em declarações à Angop, a responsável sublinhou que a grande redução da produção se deve às fortes chuvas que se registaram na província em 2021.
“A previsão era explorar 34 mil 350 metros cúbicos de madeira em toro, mas as fortes chuvas que se registaram nas zonas de exploração dificultaram a actividade dos madeireiros”, disse, por ocasião do Dia Mundial da Árvore e das Florestas.
Sem precisar as quantidades produzidas, apontou os municípios do Nambuangongo, Pango Aluquém e Bula Atumba como sendo as circunscrições mais produtivas na região.
Quanto às queimadas, a província está bem neste domínio por possuir florestas densas e húmidas de alta produtividade.
As queimadas que se registam são de pequenas proporções efectuadas pela população que procura novas áreas para a prática da agricultura de subsistência, revelou.
Em relação ao repovoamento florestal, disse, o sector na província tem feito um trabalho minucioso de levantamento das áreas cinzentas, no âmbito do inventário florestal que visa observar as áreas degradadas para que os madeireiros possam plantar “duas árvores onde cortam uma”.
Sem adiantar números, revelou que a província do Bengo tem muitas zonas por explorar, principalmente nos municípios do Triangulo (Dembos, Bula Atumba e Pango Aluquém) e no Nambuangongo.
Na região, o trabalho de fiscalização florestal está limitado apenas ao município do Dande. Este detém o controlo de fiscalização dos Libongos, no Desvio da Barra do Dande, no Ucua e no Kicabo, com apoio da polícia nacional.
A falta de transporte, binóculos e outros equipamentos, tem dificultado o trabalho dos fiscais, uma situação que a direcção geral tem tentado inverter o quadro, disse.
Para comemorar o dia das florestas, a província do Bengo prevê escavar cerca de 200 covas para plantar igual número de plantas de sombra (acácias) na Centralidade do Capari, numa campanha que visa repor algumas árvores em zonas onde já existiam.
O Dia Mundial da Árvore e das Florestas foi criado com o objectivo de consciencializar a população a respeito da importância dos ecossistemas florestais.
Este ano a data está a ser comemorada sob o lema “florestas, produção e consumo sustentável”.
