Luau – Um laboratório de análise da qualidade dos alimentos produzidos localmente e importados poderá ser instalado no primeiro semestre do corrente ano, no município fronteiriço do Luau, província do Moxico, soube, este sábado, a ANGOP.
Esta pretenção foi anunciada pela directora geral do Serviço Nacional de Controlo da Qualidade dos Alimentos (SNCQA), Isabel Miguel, após constatar o local onde será implantado a infra-estrutura, que será a primeira do género na província do Moxico.
Sem adiantar as verbas que vão sustentar o projecto, disse que, o futuro laboratório vai, igualmente, realizar análises dos solos e de micro biológica.
O Serviço Nacional de Controlo da Qualidade dos Alimentos, criado, em 2019, por Decreto Presidencial, tem, entre outras, a incumbência de coordenar, executar e fiscalizar todas as actividades relacionadas com o controlo laboratorial da salubridade e inocuidade dos alimentos de origem animal e vegetais importados e de produção nacional.
Participa também na inspecção dos produtos alimentares na fase de produção, após o desalfandegamento e durante a sua distribuição e assegurar, juntamente com as autoridades sanitárias, a certificação da qualidade dos produtos alimentares nos padrões que sejam estabelecidos nas regras internacionais de importação e exportação.
Na ocasião, a administradora municipal do Luau, Filomena Miza, destacou a importância do projecto na garantia da segurança alimentar e na criação de postos de trabalho para a população da região.
Referir que o município fronteiriço do Luau, situado a mais de 334 quilómetros a leste do Luena, capital do Moxico, poderá contar, igualmente, com uma Plataforma Logística, cujo concurso público internacional para sua edificação foi aberto em 2022, avaliado em 17.4 milhões de dólares americanos.
A construção das estruturas da Plataforma do Luau, distribuídas numa área de 7,9 hectares, vai contar com diversas áreas, como a indústria (moagem de cereais, pré-fabricados de betão), turismo e hotelaria, pecuária, exploração florestal e recursos minerais.
O complexo inclui armazéns de temperatura ambiente com capacidade inicial de 583 toneladas, que poderão contar com a classificação de Entreposto Aduaneiro, sendo que a área administrativa vai contar com serviços da Polícia Económica e de Fronteira, Migração e Estrangeiros e Administração Geral Tributária.
A região, que conta com 113 mil habitantes, destaca-se, também, pelo facto de estar ligado ao litoral e a várias cidades no centro do país pelo Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), constituindo o “Corredor do Lobito”.
