Lubango - As administrações municipais devem inscrever nos seus programas de investimento, a criação de peixe, para melhorar a renda das famílias e reduzir a pobreza, defendeu hoje, sexta-feira mo Lubango, o chefe do departamento de pesca e aquicultura da direcção provincial da Agricultura, José Kandungu.
A criação de peixes em gaiola é feita em lagoas, num sistema de renovação contínua de água intensiva, que remove os metabólicos e fornece oxigénio.
É uma das formas mais intensivas de criação actualmente praticadas e tem se tornado popular em várias partes do mundo, devido ao fácil manejo e rápido retorno do investimento.
Uma das vantagens da criação de tilápias em gaiolas, em relação a outros peixes, é a facilidade de poderem ser produzidas em açudes, lagoas, rios e canais. Além disso, o investimento é de baixo custo, quando comparado com viveiros convencionais.
Em declarações à ANGOP, no Lubango, José Maria Candungo realçou que está seria uma forma das administrações potencializarem aqueles produtores com vontade de realizar a actividade mais sem condições de a fazer.
Segundo, José Maria Candungo a província da Huíla tem grandes lagoas em quase todos os municípios e no caso concreto da Cacula, tem a lagoa da Chivas com capacidade de cerca de 40 a 50 gaiolas, para quatro a cinco mil peixes cada.
Destacou que se esta lagoa for inscrita no seu investimento municipal anual, seria uma mais-valia para o aumento da produção e das renda dos praticantes.
“Os preços para aquisição de crias de peixes e fazer a criação em cativeiro não são muito elevados, pois um peixe custa em torno de 25 a 33 kwanzas, preços acessíveis e é as administrações apoiarem os produtores”, disse .
Referiu que a província da Huíla, controla cinco produtores que desenvolvem a actividade em tanques e três dos quais são funcionais, nos municípios do Lubango e da Humpata, tem uma média de produção mês de 800 a mil e 200 kg.
São, igualmente, controladas 14 associações com processos em curso por legalizar a actividade piscatória, nos municípios da Cacula, Matala, Jamba e Cuvango de pesca artesanal, 72 grupos de pescadores que fazem pescas aleatórias nos rios Cunene, Cuvango e Colui, estes não adirem a nenhuma associação. BP/MS