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Inquérito revela baixo índice de literacia financeira na Huíla

     Economia              
  • Huíla • Sexta, 15 Dezembro de 2023 | 09h07
Cidade do Lubango, capital da Huíla
Cidade do Lubango, capital da Huíla
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Lubango - Apenas 24,9 por cento dos três milhões 185 mil 244 habitantes da Huíla possui capacidade de gestão financeira, revela um inquérito realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a pedido do Banco Nacional de Angola (BNA).

Trata-se do 1º Inquérito de Literacia Financeira (ILF) por amostragem probabilística, que decorreu em simultâneo nas 18 províncias do país, de Abril a Julho de 2202, cuja apresentação dos resultados gerais, aconteceu um Outubro último, em Luanda.

No caso concreto da província da Huíla foram inquiridas três mil e 80 famílias, duas mil 400 da área urbana e 680 da rural, cujos resultados foram hoje apresentados aos diferentes estratos da sociedade huilana.

O gráfico da população mais informada é liderado pelo Lubango, com 36,8%, seguido dos municípios de Chicomba com 26,4%, Matala com 25,6% , Cuvango com 23,5%, Quilengues, com 22,9%, Cacula com 21%, Gambos com 20,7%, Quipungo com 20,3%, Caluquembe com 19,1%, Jamba com 18,2%,  Humpata com 17,1%, Chipindo com 15,7%, Caconda com 13,2% e Chibia com  9,6%.

Os dados  foram apresentados pelo,  Chefe de sector do departamento de inclusão  financeira  do BNA  na região Sul,  Lourenço Quibonda, tendo realçado que,  de uma forma geral, o nível de literacia financeira da população em  Angola é de 24,7% e nessa escala a Huíla aparece com 24,9%.

Segundo, Lourenço Quibonda, o índice de literacia da Huíla está acima do de  Angola no geral, mas ainda assim é baixo, pelo que não se pode contentar com ele, há necessidade de se elevar o quadro, com acções formativas sobre a matéria.

Destacou que o inquérito revelou ainda que 37% da população da Huíla tem como principal fonte de rendimento o salário, abrindo a necessidade de apostar-se mais em iniciativas individuais ou colectivas de empreendedorismo.

Um dos problemas identificados, conforme o responsável, é que a maior parte da população de Angola não faz orçamento familiar, espera o dinheiro estar disponível para definir as prioridades, sendo que neste quesito, na Huíla, apenas 31% dos inquiridos diz orçamentar as finanças.

Quanto a criação de negócios, explicou que  52% da população da Huíla nunca criou negócio, sendo que 29,1% diz que já criou, mas não conseguiu mantê-lo, enquanto 18,2% criou e o mantém.

Por sua vez, a directora regional sul do BNA, Ana Cortez, avançou que os resultados do inquérito constituem um instrumento importante para adopção de medidas que irão contribuir para o aumento da literacia financeira.

Para a responsável, é uma investigação que vai ajudar entender a avaliação do impacto e as adaptações no âmbito da estratégia nacional de inclusão neste domínio, atendendo a inserção de vários indicadores sóciodemográficos, a identificação de áreas com défice de informação, para  permitir estabelecer as metas realistas e robustas para os níveis de literacia financeira da população e da estabilidade do sistema financeiro.

O Inquérito visou caracterizar a população angolana face a literacia financeira, avaliar o conhecimento, comportamento e a atitude da população sobre os serviços financeiros e também produzir indicadores estatísticos que servirão para medir os programas nacionais que serviram para monitorar os serviços financeiros de Angola.

A província da Huíla tem uma superfície territorial de  79 mil 023 quilómetros quadrados e  este ano segundo as projecções  do INE, conta uma  população  estimada em  três mil milhões 282 mil 968 habitantes. BP/MS





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