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INAPEM capacita agentes sobre formalização da agricultura familiar

     Economia              
  • Benguela • Quinta, 31 Agosto de 2023 | 19h28
Paula Coelho, coordenadora nacional do PREI
Paula Coelho, coordenadora nacional do PREI
Domingos Cardoso-ANGOP

Benguela– Cinquenta e três representantes de cooperativas agrícolas, académicos e associações empresariais, participaram esta quinta-feira, nesta cidade, num seminário sobre formalização da agricultura familiar.

Promovida pelo Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), a acção formativa versou sobre o novo paradigma de governação do Agri-PREI, que conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

O Agri-PREI visa fortalecer a rota de formalização do agronegócio e das iniciativas económicas informais na agricultura, com maior ênfase para as iniciativas lideradas por jovens e mulheres, introduzindo unidades de produção agrícola primária integrada (Chitaka Agri-PREI) e unidades de agroprocessamento (Ochitandas Agri-PREI).

Segundo a coordenadora nacional do PREI, Paula Coelho, auscultaram os micro-empreendedores do ramo da agricultura familiar de pequena escala e do agronegócio, para poder perceber o que pensam do Programa da Reconversão da Economia Informal no sector agrícola.

Durante o encontro, foram também definidas algumas acções que podem ajudar a alavancar os seus negócios.

“ Nós trouxemos três temas: Desafios e obstáculos enfrentados pelos agricultores de pequena escala e da agroindústria no processo da formalização, Medidas para ampliar os benefícios dos agricultores de pequenas escala e da agroindústria e O que fazer para que a formalização no âmbito da agricultura seja um sucesso”, disse.

Paula coelho fez saber que o Agri-PREI está a ser implementado, nesta fase experimental, apenas nas províncias de Luanda e Benguela, e que está a agregar valor às empresárias e micro-empresárias que vendem nos mercados. Essa iniciativa deve ser estendida para as demais províncias do país.

Explicou que, a nível de Benguela, já trabalham com uma base na cooperativa Opongololo, na zona do Cavaco.

" Já temos beneficiárias que foram formadas em empreendedorismo e educação financeira, assim como também aprenderam a transformar os seus produtos e,  quem precisar, pode ir à zona do Cavaco. É gratuito", enfatizou.

Os resultados têm sido animadores, daí a razão de continuarem a desenvolver este projecto cujo foco são as mulheres, mas que também tem estado a formar alguns homens, disse.

Na ocasião, explicou que o projecto sofreu uma reestruturação e, com as lições apreendidas nas campanhas do PREI, agora estão a trabalhar directamente com os governos provinciais e administrações municipais. 

" Eles nos indicam um lugar para pôr os nossos contentores, que são as lojas PREI, e um local para construção de um futuro mercado, para ver se diminuimos o número de informais em Angola", afirmou.

Disse que o projecto espera como resultados, a consciencialização dos agricultores de pequena escala e agentes da agroindústria sobre os passos envolvidos na formalização e as vantagens de se tornar um negócio legalmente reconhecido.

Identificar medidas necessárias que possam ampliar os benefícios da formalização para a agricultura de pequena escala e agroindústrias de pequeno porte, tais como o acesso a recursos financeiros, assistência técnica e capacitação, são outros objectivos preconizados.

O PREI é o Programa de Reconversão da Economia Informal desenhado pelo Governo da República de Angola, no âmbito do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022, para promover a transição da economia informal a economia formal no país. CRB 

    

 





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