Luanda - A importação de produtos alimentares que compõem a cesta básica registou uma queda de 44, 68%, em 2021, face ao ano anterior, informou, esta sexta-feira, o Banco Nacional de Angola (BNA).
A queda, considerada acentuada, pelo governador do Banco Central, José de Lima Massano, é justificada, em parte, pelo comportamento nos preços verificados no mercado interno, apesar de os indicadores gerais do aumento da produção nacional sugerirem uma crescente oferta, para cobertura das necessidades de consumo de Angola.
José de Lima Massano falava no final da reunião ca centésima terceira sessão ordinária do Comité de Política Monetária e primeira de 2022, tendo referindo que, no cômputo geral, as importações de alimentos registaram uma contracção de 7,85%.
Os dados preliminares de Dezembro passado, indica que o saldo de bens manteve-se superavitário, com 2,32 mil milhões de dólares, observando-se um aumento de 18.55% face aos USD 1, 96 mil milhões do mês anterior (Novembro).
Em termos acumulados de 2021, estima-se que o saldo da conta de bens situou-se em USD 21,33 mil milhões, um aumento de 87.21%, em comparação com 2020, devido ao incremento dos valores das exportações, em 56.7%, que se revelou mais acentuado do que as importações, que foram de 20,27%.
O aumento foi notório nos combustíveis, em termos de importações, em cerca de 107%, e 17,13%, no concernente aos bens não alimentares.
Enquanto isso, o stock das reservas internacionais fixaram-se, em Dezembro, em 15,51 mil milhões de dólares, correspondendo a um período de cobertura de nove meses de importação de bens e serviços.
Em termos anuais, as reservas registaram uma expansão de 4,27%, após uma contracção de 13,55%, observada em 2020.
Mercado cambial estável
Segundo o BNA, os bancos comerciais adquiriram, no mercado, mil milhões de dolares, em Dezembro de 2021, um aumento de 14% face aos USD 885,68 milhões conseguidos no mês anterior, Novembro, mantendo-se estável e líquida.
No mesmo período, o Kwanza manteve o seu curso de recuperação normal, apreciando cerca de 4,61%, em relação ao dólar, elevando a apreciação anual para 18.24%.
Já a base monetária em moeda nacional expandiu em 2,99%, em Dezembro, e em termos acumulados registou uma contracção de 3,56 por cento.
Os agregados monetários (M2) em moeda nacional expandiram em 2,17%, em Dezembro último, e 0,86%, em todo o ano de 2021.
Enquanto isso, o Stock de crédito à economia registou ligeiro crescimento, no mês de Dezembro, de 1,1%, e no exercício de 2021, o mesmo cresceu 13,32%.