Talatona - O Presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), Patrício Villar, recomendou hoje a Empresa Pública de Água de Luanda (EPAL, EP), melhorar as suas infra-estruturas e o capital humano a fim de dinamizar a distribuição de água potável
“É urgente melhorar as infra-estruturas e o capital humano da EPAL, EP, a fim de dinamizar a distribuição de água potável”, aconselhou o PCA do IGAPE à imprensa, no final de uma visita de constatação àquela empresa pública.
Segundo Patrício Villar, as debilidades de equipamentos e de infra-estruturas da empresa inviabiliza o controlo da distribuição nas zonas onde se faz o garimpo de água.
Realçou ainda que as dificuldades, quer na facturação, cobranças e dívidas avultadas, por parte dos clientes domésticos, dificultam o funcionamento e melhoria na prestação de serviço.
Explicou que outro ponto divergente é o facto do valor das dívidas do consumidor ser superior ao da EPAL em relação aos seus fornecedores e credores.
Por sua vez, o Presidente do Conselho de Administração da EPAL, Manuel Cruz, afirmou que a dívida dos clientes à EPAL, este ano, ronda os 110 mil milhões de kwanzas, o que dificulta o funcionamento e a melhoria da prestação de serviço.
Manuel Cruz disse que a EPAL está numa situação de mitigação, devido aos encargos fiscais avultados com maior incidência nos clientes residentes no casco urbano, ou seja, 60 por cento do abastecimento de água é direccionado para a referida zona.
O PCA da EPAL avançou ainda que, com o crescimento exponencial da cidade de Luanda, surgiram novos bairros, contribuindo para a vandalização das condutas e ao garimpo de água.
Sobre a introdução de novos projectos para melhorar a capacidade de produção, destacou o projecto Bita, LoteB1,B3 e B7, que é constituído pela captação da ETA e o lote B2 das condutas adutoras.
"Aguarda-se que o reembolso dos valores ocorram para se dar início ao projecto com incidência no município de Belas, disse.
Acrescentou também o projecto Kilonga, que está a ser reestruturado, aguarda o seu financiamento por parte do Governo alemão e inglês.
Trata-se da terceira visita de acompanhamento do IGAPE, no âmbito das atribuições com vista ao reforço da cooperação existente ao nível do acompanhamento da actividade operacional às empresas públicas e com domínio público.
Durante o encontro, foram abordados diversos aspectos ligados ao funcionamento da empresa, com destaque para o conhecimento do negócio e da dinâmica de funcionamento da empresa, visão estratégica para a empresa (instrumentos de gestão e respectivo grau de cumprimento), ponto de situação sobre o grau de execução do Plano Nacional das Águas, entre outros.