Huambo – A presidente do núcleo da Associação dos Avicultores de Angola (ANAVI) na província do Huambo, Agripina Mateus, prometeu, esta sexta-feira, trabalhar para começar, este ano, a produção de carne de frangos.
Em declarações à imprensa, Agripina Mateus disse ser o grande desafio abraçado pelos produtores de ovos e aves da província do Huambo, atendendo os dados ínfimos da produção de carne de frango em Angola.
Acrescentou que a ideia é fazer com que esta região do Planalto Central tenha expressão nos dados estatísticos da produção desta cultura a nível nacional.
“A produção de carne de frango pode começar, este ano, se todos os avicultores se entregarem, pois existe interessados em investir no sector, numa altura que estamos ainda em Janeiro, com a colaboração de todos, o Huambo deverá ter representação nas estatísticas da produção de frango no país”, precisou
A responsável destacou que o Huambo é um celeiro de produção de milho e outros cereais, para além de ter condições climatéricas favoráveis, uma vantagem competitiva que o núcleo espera transformar em oportunidade, para a representatividade no mercado nacional.
A nível de ovos, Agripina Mateus, empossada pelo presidente nacional da ANAVI, Rui Santos, afirmou que já é notável uma fatia do mercado nacional representada pela província do Huambo, faltando a parte da de frangos, daí que será massificado esta parte em falta, com incentivo dos investimentos dos produtores.
Para os passos subsequentes, apontou como dificuldade a falta de disponibilidade dos financiamentos para os empresários, pois, sem estes investimentos necessários, os aviários começaram a actividade, mas, passado algum tempo, não darão sequência do desafio proposto.
Disse ser uma actividade desenvolvido em cadeia, desde a produção de frangos, galinha rija, ovos, incubação, entre outros, na qual os produtores precisam firmar-se em cada segmento do negócio
Por seu turno, o presidente nacional da ANAVI, Rui Santos, reafirmou o compromisso em trabalhar no crescimento sustentável do sector avícola, que desempenha papel fundamental na produção de carne e ovos, que não só contribuem para a segurança alimentar, mas na geração de empregos e a redução das importações.
Disse que, hoje, o desafio é consolidar Angola como uma referência na produção avícola em África, com o crescimento significativo que se assiste, nos últimos anos, de pequenos, médios e grandes produtores, demonstrado resiliência, apesar do constrangimento na ração, alto custo de insumos e dificuldades na comercialização.
Rui Santos afirmou que a ANAVI se posiciona como uma plataforma essencial para representar os interesses de todos os avicultores angolanos, promovendo políticas públicas favoráveis, facilitar o financiamento e garantir as melhores condições de produção e comercialização dos seus produtos.
Das muitas acções por se realizar, sinalizou ser importante investir, entre outros, na formação dos produtores, nas infra-estruturas e tecnologias, parcerias estratégicas com o sector público/privado para o acesso ao crédito e incentivos, para além da sustentabilidade e da inovação, para a qualidade da produtividade.
Ivo Fernandes, avicultor e suinicultor, disse que, uma vez institucionalizado o núcleo da ANAVI na região, é a hora de se investir e alavancar a produção de carnes de frango, as fábricas de corte e abate, para que a província do Huambo tenha o consumo local deste produto.
Informou que a província do Huambo consome 70 por cento do ovo produzido localmente, o que se quer fazer também com a carne de frango, com a montagem de uma fábrica para o efeito na região, iniciando com a instalação das incubadoras e um matadouro para o corte.
O núcleo da ANAVI na província do Huambo controla 37 produtores de ovos e aves. ZZN/JSV/ALH