Icolo e Bengo - O ministro da Indústria e Comércio, Rui Minguêns de Oliveira, afirmou esta sexta-feira, em Luanda, que o Governo angolano está a trabalhar no sentido de garantir alimentação em quantidades suficientes, visando a segurança alimentar.
Para o efeito, explicou, o Governo está a activar algumas áreas, como a importação de alguns produtos que o país ainda não tem capacidade de produção local, como também uma linha de empacotamento.
O governante prestou esta informação no Entreposto Aduaneiro, última paragem da visita de campo efectuada pelo Ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano, após constatar o funcionamento do projecto agrícola Agro-Quiminha, no município de Cabiri, província de Icolo e Bengo.
Em declarações à imprensa, Rui Minguêns de Oliveira informou que o Governo está a trabalhar para que haja alimentação em quantidades suficientes o mais rápido possível, e para tal é necessário que o sector privado, principal operador, produza, crie as condições para que seja apoiado.
No entanto, disse, a reserva estratégica vai absorvendo toda produção nacional, fazer com que nada se perca e assegurar condições para que todos os alimentos básicos para a nossa segurança alimentar tenham sempre a certeza que haverá, em última instância, um comprador que será a reserva estratégica alimentar.
"Estamos a dar os passos necessários para reenquadrar e reorientá-la, ter as infra-estruturas organizadas, preparadas e criar as condições para que financeiramente a reserva possa paulatinamente cumprir a sua missão", explicou.
Conforme o ministro, a reserva é um sistema de segurança alimentar nacional, pelo que o trabalho deve ser feito com paciência e dedicação, visando o bem-estar de todos.
Rui Minguêns de Oliveira fez saber que o Governo está preocupado com a produção nacional, mas também com os mecanismos que permitam que a produção chegue ao consumidor final, ao preço justo, com estabilidade e fornecimento constante.
Revelou que neste momento o Entreposto Aduaneiro está com os armazéns quase vazios porque está em processo de reorganização, recapitalizar, o que exige algum esforço com os recursos públicos.
Por seu turno, o Presidente do Conselho de Administração do Entreposto Aduaneiro, Adriano de Carvalho, ressaltou a importância desse organismo na estabilidade dos produtos e preços, bem como na gestão da reserva estratégica alimentar.
Segundo o responsável, neste momento o Governo tem apenas uma opção, que passa por apoiar a produção nacional, para elevar os níveis da reserva, para o benefício de todos, tendo assegurado que dentro de pouco tempo haverá comida em abundância.
"A lotação dos armazéns não vai demorar tanto como pensam a maioria dos pessimistas, porque é nossa intenção substituir as importações pela produção nacional e uma das missões do Entreposto é apoiar a produção nacional, periorizando a aquisição dos produtos, no âmbito da reserva", disse.
Referiu que foi reabilitada uma linha de empacotamento de feijão, arroz e açúcar, que vai embalar produtos nacionais com marca própria, uma forma de estabilizar os preços em todo o país.
A visita de campo do ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano, iniciou-se no projecto agrícola Agro-Quiminha, na província do Icolo e Bengo, onde constatou o estado e o funcionamento de infrae-struturas agrícolas e económicas e terminou na província de Luanda, no Entreposto Aduaneiro.
Além do ministro da Indústria e Comércio, o governante fez-se acompanhar dos secretários do Presidente da República para Assuntos Económicos, para o Sector Produtivo, secretários de Estado das Finanças e do Tesouro, da Agricultura e Pecuária, da Energia e Águas, entre outros responsáveis de departamentos ministeriais. AJQ
