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FMI revê em alta crescimento de Angola

     Economia              
  • Luanda • Segunda, 31 Janeiro de 2022 | 11h53

Luanda - O Fundo Monetário Internacional (FMI) revê em alta o crescimento económico de Angola, de 2,4% para três por cento, este ano, e elogia as reformas políticas e económicas, em curso no país.

De acordo com o director do departamento africano do FMI, Abebe Aemro Selassie, prevê-se um crescimento de 3%, para este ano, e de cerca de 4%, a médio prazo.

"O que estamos a ver é a tendência. O país está a sair de um período incrivelmente difícil”, disse Abebe Aemro Selassie, em entrevista à Lusa por videoconferência, a partir de Washington.

Lembrou que Angola foi atingida por múltiplos choques, como o declínio nos preços das matérias-primas, em 2015 e 2016, com efeitos enormes na economia, agravada pela pandemia, que teve um impacto económico incrivelmente adverso.

“Finalmente, estamos a ver uma expansão económica, sendo muito importante e encorajador, porque reflecte as medidas tomadas pelo Governo, para reformar o país e controlar os desequilíbrios macroeconómicos”, referiu Selassie.

A economia angolana deverá ter saído da recessão em 2021, antevendo-se um crescimento próximo de 0%, com as principais instituições internacionais e analistas a preverem uma expansão económica superior a 2% este ano.

Estas previsões são sustentadas, não só pela recuperação dos preços do petróleo, mas também pelo crescimento da economia não petrolífera, fruto dos vários programas e acções em curso para a diversificação da economia nacional.

Adiantou ser cedo pensar-se num novo programa de financiamento do FMI para Angola, depois do termo, em Dezembro último, do programa de ajustamento financeiro de 4,5 mil milhões de dólares, mas considerou ser possível.

“Não discutimos ainda um novo programa. Temos o habitual debate, com troca de ideias e de análise, sobre os indicadores económicos, mas estamos ainda a espera que o Governo diga como quer fazer. Mas, é muito cedo, o programa acabou agora", esclareceu.

Dada toda a adversidade dos choques que enfrentaram, salientou, fez-se um esforço notável para lidar com os desequilíbrios, sendo muito encorajador ver um crescimento este ano, com a manutenção das reformas e a expansão económica como as chaves para o futuro.

Na entrevista, Selassie deixou vários elogios ao empenho das autoridades angolanas, na implementação dos referidos programas, mas vincou que "a incerteza é a palavra de ordem, em tempos pandémicos".

“Dada a escala dos choques, fizeram um trabalho tremendo para manter a economia e chegarem até aqui", enfatizou.

"Porém, há muitas questões, tal como a política restritiva dos bancos centrais, além de que pode haver turbulência nos mercados ou outra variante. Por isso, sucesso, sim, mas há que se manter o curso e o objectivo derradeiro é fazer subir a taxa de crescimento para 6 ou 7% e tratar das cicatrizes recentes”, disse.

Concluiu que “essa é a agenda que as autoridades angolanas estão a dar prioridade, e são desafios partilhados por muitos outros países africanos”.





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