Luanda - A multinacional ExxonMobil Angola realiza, esta terça-feira, um exercício de resposta à derrame de petróleo de Nível 3, denominado “Palanca Negra Gigante, uma operação que vai envolver 150 pessoas da equipa regional da África, Europa, Ásia e Médio Oriente.
Com a duração de quatro dias, o exercício visa testar e demonstrar a capacidade da petrolífera em reunir rapidamente a Equipa de Respostas e Gestão de Emergências da ExxonMobil Angola, para responder eficazmente a um eventual incidente de Nível 3.
O cenário vai decorrer na Ilha de Luanda, com um simulacro de rebentamento de um poço submarino no Bloco 15, onde a ExxonMobil é operadora, com 36% de participação.
Para o exercício, está a ser montado uma base numa das unidades hoteleiras de Luanda, cuja equipa manterá comunicação permanente com as células de resposta da ExxonMobil.
Dentro do plano de resposta de emergência de derrames, a petrolífera tem três níveis de respostas, sendo do Nível 1, gerido pelas equipas no terreno nas instalações, o Nível 2, que começa pelas equipas das instalações para depois escalar para a de apoio de emergência em Luanda (em onshore), estes dois abaixo de mil barris, e o do Nível 3, sendo o mais abrangente com derrame significativo de crude, acima dos três mil barris.
Além da equipa de resposta regional da ExxonMobil, o exercício envolve a equipa de gestão de incidentes da Esso Exploration Angola e seu grupo de apoio de emergência, o Governo de Angola, através da activação da Comissão Nacional de Contingência para Derrames, a Associação das Empresas de Exploração e Produção em Angola (ACEPA).
Foram também envolvidos no exercício, a Iniciativa Global para a África Centro-Ocidental e Austral (GI WACAF), a Oil Spill Response Limited (OSRL), o Serviço Global de Resposta à Vida Selvagem Oleosa ("GOWRS"), o Grupo de Resposta (TRG sigla em ingles), a Fundação Kissama e a EcoAngola, na qualidade de organizações da sociedade civil.
O exercício servirá, igualmente, para testar os procedimentos da Comissão Nacional de Luta Contra Derrames de Petróleo em apoiar um evento de Nível 3, no que concerne a entrada de equipamentos e pessoal à Angola, a autorizações para uso de certos produtos acompanhamento aconselhamento.
Na ocasião, a directora geral da ExxonMobil, Melisa Bond, destacou a importância do Exercício, tendo realçando a protecção, segurança económica das comunidades em que operam.
“O programa de exercício é uma ferramenta fundamental para verificar e nivelar a eficácia das capacidades de preparação e resposta aos derrames de petróleo”, considerou Melisa Bond, tendo assegurado que o Governo e as industrias petrolíferas demonstram o seu forte compromisso na gestão de riscos de derrames de crude.
Por sua vez, o director da área de gestão e segurança da ExxonMoblil, Murtala da Silva, considerou que os planos de contingência para derrames de petróleo são as principais ferramentas para garantir que a capacidade estabelecida é gerida e coordenada, dentro de um quadro de resposta integrada entre todas as organizações envolvidas.
Os exercícios sobre derrames de petróleo abrangem actividades sob as quais as pessoas envolvidas podem praticar e verificar os planos de contingência para derrames de petróleo e os seus procedimentos.
O processo prevê abranger a avaliação de incidentes e a tomada de decisões, a mobilização ou implantação de equipamentos e o desenvolvimento de competências pessoais.
Para a petrolífera, a preparação e resposta eficaz à derrames de petróleo baseia-se na avaliação sistemática dos riscos de derrames de petróleo, considerada no contexto operacional adequado, destacando recursos ecológicos socioeconómicos que podem estar ameaçados.
Esta avaliação conduz ao estabelecimento de capacidades proporcionais a estes riscos, sob a forma de organização de emergências, procedimentos, pessoal treinado, equipamento de combate à derrames de petróleo e apoio logístico.
Aeronave na operação
Os equipamentos foram mobilizados ao abrigo do Acordo de Ajuda Mútua da Indústria Petrolífera em Angola ANG212, e de empresas contratadas.
Trata-se de meios como, bóias de contenção de crude e protecção de praias, barreiras artificiais de protecção costeira, matérias absorventes, bombas de água e óleo, kit de descontaminação para as equipas de resposta na linha costeira e kits de recolha e tratamento de animais selvagens contaminados.
Uma eronave da Plataforma de Monitorização de Derrames para Região da África Ocidental (WASP), de igual modo, foi mobilizada, para duas operações de acompanhamento no percurso do Bloco 15.
Um programa de exercícios bem projectado e bem implementado permitirá que os técnicos de resposta realizem acções simuladas de resposta a emergências em um ambiente controlado e de baixo risco.
Isso pode proporcionar oportunidades de avaliação e validação de planos de contingência para derrames de petróleo, procedimentos, formação, aquisição de equipamentos e logística, testagem de papéis e responsabilidades das equipas de resposta à emergências e gestão de incidentes, melhoria da coordenação, integração e comunicação de resposta dentro e entre as diversas organizações e partes interessadas;
Desde 1994, a Esso Exploration Angola (Bloco 15) Limited, uma afiliada da ExxonMobil, é a operadora do Bloco 15 com 36 por cento de participação.
A ExxonMobil também possui 18% de participação no Bloco 17 por meio da sua afiliada Esso Exploration Angola (Bloco 17) Limited, e 15% de participação no Bloco 32 por meio da sua afiliada Esso Exploration and Production Angola (Overseas) Limited.
Desde 2020, as empresas afiliadas dá ExxnonMobil operam nos Blocos 30, 44 e 45 na Bacia do Namibe, no offshore de Angola, com 60% de participação nos três blocos.
