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Exploração de “Terras Raras” traz desenvolvimento para África e Reino Unido

     Economia              
  • Huambo • Sexta, 16 Agosto de 2024 | 20h14
Ministro para África do Gabinete dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Lord Raymond Collins
Ministro para África do Gabinete dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Lord Raymond Collins
Zeferino Zinga-ANGOP

Longonjo – O ministro para África do Gabinete dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Lord Raymond Collins, afirmou, esta sexta-feira, que a exploração das “Terras Raras” vai trazer desenvolvimento sustentável para África Austral e para o Reino Unido.

O governante britânico fez esta afirmação à imprensa, no final de uma visita à referida mina, localizada no município do Longonjo, nos corredores Oeste da província do Huambo.

As “Terras Raras” (também conhecidas como ouro do Século XXI)  do Longonjo têm quase toda a cadeia dos aldeídos, com valor comercial a cingir-se no neodímio e prazeondímio, que servem para produzir ímanes super fortes, servindo para impulsionar a transição das energias verdes, produção de turbinas eólicas, carros eléctricos e outros electrónicos.

Na ocasião, o ministro Lord Raymond Collins disse trata-se de um projecto transversal que não visa apoiar somente Angola, mas, também, trazer desenvolvimento económico para toda a linha do Corredor do Lobito, África Austral e o Reino Unido.

Acrescentou que a mina tem um pendor forte, capaz de criar muitos empregos e desenvolvimento social da população, do país e em particular da província do Huambo.

Salientou que a parceria entre Angola e o Reino Unido é frutífera e muito importante, daí ser o primeiro país escolhido para visitar em África, enquanto ministro britânico do Gabinete dos Negócios Estrangeiros para o continente Africano.

O governante britânico, que trabalhou desde quinta-feira, na província do Huambo, onde foi recebido pelo governador Pereira Alfredo, esteve acompanhado pelo embaixador do seu país em Angola, Roger Stringer, e pelo vice-governador local para o sector Político, Social e Económico, Angelino Elavoco.

Por seu turno, a gerente nacional da Ozango Minerais, encarregue para a prospecção, Geraldine Máquina, disse que o projecto caminha a bom ritmo, estando em fase conclusiva os trabalhos preliminares para a construção da mina e do seu financiamento.

Adiantou existir um calendário em curso para o início da construção da planta e do projecto até princípio de 2025, cujas acções vão levar mais dois anos para a conclusão de todas as infra-estruturas de apoios necessárias, para a exploração da mina, apta para a primeira quinzena de 2027.

Geraldine Máquina sublinhou que os resultados da prospecção estão concluídos e são positivos, com o estudo de viabilidade já remetido às entidades de direito, estando em curso a fase de preparação para a produção.

Informou que o projecto mineiro prevê contratar, na fase de construção, 600 funcionários directos e outros 400 para a exploração, sem contar com os serviços e provedores.

Lembrou que a mina tem um tempo estimado de exploração de 20 anos iniciais, de acordo com os estudos feitos.

Quanto ao processo de indemnização das famílias à volta da mina, com uma área de exploração de 33 quilómetros quadrados, informou existir um programa de reacendimento, que está a ser implementado, de forma faseada, na qual 28 proprietários foram beneficiados.

A responsável frisou que boa parte do objecto social da Ozango Minerais ainda está em carteira, pois a empresa ainda não está a produzir e possui limitações financeiras, estando apenas a levar a cabo o treinamento da comunidade local sobre a produção agrícola.

As "Terras Raras" são substâncias encontradas em concentrações relativamente baixas, que precisam ser escavadas e processadas com reagentes químicos, cujo consumo, em todo mundo, chega a 150 mil toneladas/ano.

Os tipos de metais “Terras Raras” chegam a 17, mas apenas seis tipos são mais conhecidos: neodímio, lantânio, praseodímio, gadolínio, samário e cério. ZZN/JSV/ALH





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