Longonjo – O ministro para África do Gabinete dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Lord Raymond Collins, afirmou, esta sexta-feira, que a exploração das “Terras Raras” vai trazer desenvolvimento sustentável para África Austral e para o Reino Unido.
O governante britânico fez esta afirmação à imprensa, no final de uma visita à referida mina, localizada no município do Longonjo, nos corredores Oeste da província do Huambo.
As “Terras Raras” (também conhecidas como ouro do Século XXI) do Longonjo têm quase toda a cadeia dos aldeídos, com valor comercial a cingir-se no neodímio e prazeondímio, que servem para produzir ímanes super fortes, servindo para impulsionar a transição das energias verdes, produção de turbinas eólicas, carros eléctricos e outros electrónicos.
Na ocasião, o ministro Lord Raymond Collins disse trata-se de um projecto transversal que não visa apoiar somente Angola, mas, também, trazer desenvolvimento económico para toda a linha do Corredor do Lobito, África Austral e o Reino Unido.
Acrescentou que a mina tem um pendor forte, capaz de criar muitos empregos e desenvolvimento social da população, do país e em particular da província do Huambo.
Salientou que a parceria entre Angola e o Reino Unido é frutífera e muito importante, daí ser o primeiro país escolhido para visitar em África, enquanto ministro britânico do Gabinete dos Negócios Estrangeiros para o continente Africano.
O governante britânico, que trabalhou desde quinta-feira, na província do Huambo, onde foi recebido pelo governador Pereira Alfredo, esteve acompanhado pelo embaixador do seu país em Angola, Roger Stringer, e pelo vice-governador local para o sector Político, Social e Económico, Angelino Elavoco.
Por seu turno, a gerente nacional da Ozango Minerais, encarregue para a prospecção, Geraldine Máquina, disse que o projecto caminha a bom ritmo, estando em fase conclusiva os trabalhos preliminares para a construção da mina e do seu financiamento.
Adiantou existir um calendário em curso para o início da construção da planta e do projecto até princípio de 2025, cujas acções vão levar mais dois anos para a conclusão de todas as infra-estruturas de apoios necessárias, para a exploração da mina, apta para a primeira quinzena de 2027.
Geraldine Máquina sublinhou que os resultados da prospecção estão concluídos e são positivos, com o estudo de viabilidade já remetido às entidades de direito, estando em curso a fase de preparação para a produção.
Informou que o projecto mineiro prevê contratar, na fase de construção, 600 funcionários directos e outros 400 para a exploração, sem contar com os serviços e provedores.
Lembrou que a mina tem um tempo estimado de exploração de 20 anos iniciais, de acordo com os estudos feitos.
Quanto ao processo de indemnização das famílias à volta da mina, com uma área de exploração de 33 quilómetros quadrados, informou existir um programa de reacendimento, que está a ser implementado, de forma faseada, na qual 28 proprietários foram beneficiados.
A responsável frisou que boa parte do objecto social da Ozango Minerais ainda está em carteira, pois a empresa ainda não está a produzir e possui limitações financeiras, estando apenas a levar a cabo o treinamento da comunidade local sobre a produção agrícola.
As "Terras Raras" são substâncias encontradas em concentrações relativamente baixas, que precisam ser escavadas e processadas com reagentes químicos, cujo consumo, em todo mundo, chega a 150 mil toneladas/ano.
Os tipos de metais “Terras Raras” chegam a 17, mas apenas seis tipos são mais conhecidos: neodímio, lantânio, praseodímio, gadolínio, samário e cério. ZZN/JSV/ALH