Saurimo – A escassez de fiscais nas zonas florestais da Lunda Sul tem dificultado o trabalho dos poucos técnicos existentes, disse hoje, terça-feira, em Saurimo, o chefe do departamento do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), Gonçalves Causse.
Actualmente a instituição conta apenas com um fiscal, situação já reportada há vários anos às estâncias superiores, aguardando que sejam recrutados nos próximos concursos públicos.
Em declarações à ANGOP, o responsável disse que para melhor fiscalização das florestas e da caça furtiva são necessários 39 fiscais.
Fez saber que a caça furtiva é frequente, dado o número de animais comercializados nos mercados informais, e constitui uma preocupação, pois que a instituição não dispõe de condições dignas para executar cabalmente o seu labor.
Gonçalves Causse explicou que, para contrapor tal situação, o IDF tem realizado campanhas de sensibilização, envolvendo autoridades tradicionais, com vista a esclarecer os riscos que causam ao meio ambiente, com as queimadas e extinção de animais por causa da caça desordenada.
Por outro lado, quanto ao corte indiscriminado das árvores para o fabrico de carvão, o responsável disse ser uma outra questão que preocupa o IDF, além das poucas solicitações de licenças por parte dos cidadãos.
Sem avançar dados comparativos, sublinhou que, de Janeiro a presente data, foram emitidas três licenças para fabrico de carvão e duas de exploração de madeira.
Gonçalves Causse fez saber que, para o ano em curso, tem em carteira o projecto de plantação de árvores, uma vez que existe já preparado em viveiro cinco mil mudas de plantas diversas.
O IDF é o órgão do Ministério da Agricultura e Florestas, ligado à protecção da flora e fauna selvagem e às acções de povoamento e repovoamento florestal e ao fomento da apicultura, de modo a garantir a segurança alimentar e nutricional das populações. EM/JW/BA