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Executivo reitera compromisso com energias limpas até 2027

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 30 Maio de 2024 | 16h51
Construção do Parque de Energia Solar do Luena
Construção do Parque de Energia Solar do Luena
Kinda Kyungu

Luanda - O Executivo angolano está empenhando na transição energética, até 2027, para reduzir a dependência das energias fósseis, promover as fontes de energia limpa e sustentável e mitigar o impacto ambiental.

Esse objectivo foi reiterado hoje pelo director do Departamento de Energias Renováveis do Ministério da Energia e Águas, Landa João, sublinhando que os combustíveis fósseis são poluentes e bastantes nocivos à saúde do ser humano. 

"Do ponto de vista dos custos operacionais para a geração de electricidade não agregam valências tecnológicas ao capital humano devido ao custo elevado", destacou, em representação do ministro João Baptista Borges, numa conferência sobre o assunto.

Para o responsável, Angola é um importante produtor de petróleo, mas também reconhece a necessidade de diversificar a sua matriz energética para enfrentar desafios ambientais e económicos das alterações climáticas. 

Neste contexto, adoptou-se o uso de fontes de energias renováveis como  estratégias para Angola enfrentar os desafios globais relacionados com as mudanças climáticas e melhorar a qualidade de vida da população. 

Relativamente às metas e acções no quadro da estratégia das energias renováveis adoptadas pelo MINEA, Landa João referiu que o país possui um grande potencial para o desenvolvimento de fontes hídricas, solares, eólicas e biomassa.

A eficiência energética na melhoria do consumo da energia, disse, é fundamental para a transição energética, podendo alcançar, por meio da implementação de políticas que incentivam práticas mais eficientes nos sectores da indústria, agricultura, produção, saúde e transporte.

Entre as acções, o director nacional do Departamento de Energias Renováveis e Electrificação Rural apontou também abelectrificação rural, com a expansão das redes eléctricas para todas as regiões do país, principalmente as áreas rurais, com sistema baseado em energias renováveis e mini-redes.

"O plano de acção do sector da Energia 2023-2027, está alinhado com a implementação da agenda de longo prazo 2050, tendo como meta 72 por cento da continuidade do mix energético, com a incorporação das fontes de energia renováveis na matriz energética angolana", lembrou.

Explicou que em relação à geração da electricidade, actualmente o país tem como fonte principal a hídrica, cujas principais barragens são Laúca com 2070 megawatts, Cambambe com 960 megawatts, Capanda com 520 megawatts e Caculo-Cabaça, em construção.

Reafirmou que se pretende atingir, até 2027, uma Taxa de Electrificação de 50 por cento, dos quais 1,2 gigawatts pico, de fonte solar, onde o mix energético atingirá 7,2 por cento na matriz energética de Angola, tendo um valor aproximadamente de 12 mil milhões de dólares norte-americano. 

Nos próximos anos, prosseguiu, está prevista a construção de mais parques solares para o aumento da capacidade de geração instalada de 584,50 megawatts pico, injectado na rede nacional, e 90 megawatts, com 25 megawattz de armazenamento em bateria, sendo sistema isolado.

Na sua comunicação, na referida Conferência sobre Transição Energética, Landa João avançou que o Executivo angolano tem mostrado interesse em pressionar essa transição por meio de políticas favoráveis ao desenvolvimento das energias renováveis.

De igual modo, acrescentou o tecnico senior do Departamento em causa, o Governo tem estabelecido parcerias com organizações internacionais especializadas e o sector privado, para desempenhar um papel determinante para essa transição energética. 

Segundo o director, os projectos solares já implementados permitiram uma economia anual de três milhões de toneladas de combustíveis fósseis e consequentemente uma redução de emissão de dióxido de carbono na ordem dos nove milhões de toneladas.

Essa Conferência Sobre Transição Energética foi organizada pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG) em parceria com a MAIRE e a Câmara do Comércio e Indústria Angola-Itália. 

A mesma debateu, entre vários temas, os desafios e as oportunidades da matriz energética de Angola, os biocombustíveis e o seu impacto na descarbonização, bem como as contribuições do sector petrolífero na diversificação energética.

MDS





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