Samba Cajú - A empresa angolana Estores África investiu mais de dois milhões de dólares, nos municípios do Samba Cajú e Bolongongo, Cuanza Norte, para a aquisição de equipamentos para a exploração e tratamento de madeira para exportar em países Europeus, como Portugal, Turquia e Itália.
Em entrevista hoje (sexta-feira ) à Angop, em Samba Cajú, o administrador da empresa, Paulo Leal, informou que o projecto contempla quatro linhas de corte, das quais uma automatizada em fase conclusiva de instalação e vocacionada para o tratamento da madeira para a exportação com dimensões universal.
Para a sustentabilidade do projecto, de acordo com o responsável, a empresa pretende criar um polígono florestal, com espécies como eucalipto.
O investidor asseverou que enquanto se aguarda a instalação dos equipamentos adquiridos em Portugal, a empresa tem estado a fornecer madeira preparada à empresas nas províncias da Huíla, Luanda, Cuanza Sul e outras.
De acordo com Paulo Leal, o objectivo é contribuir para a diversificação da economia nacional e o desenvolvimento do país.
Além da exportação, um dos objectivos do investimento, de acordo com o administrador, será a instalação de um armazém em Ndalatando, capital da província, para a comercialização a particulares e pequenas e médias empresas madeira transformada e barrotes.
Essa iniciativa que acordo com Paulo Leal, vai ajudar a combater a exploração ilegal de madeira na província.
Explicou que a empresa, com sede no município de Samba Cajú, Cuanza Norte, possui uma capacidade instalada para transformar oito mil metros cúbicos de madeira/ano.
A Estores África adquiriu em 2021 uma licença de exploração de 300 metros cúbicos de madeira, na comuna do Terreiro, município de Bolongongo, onde a empresa tem uma área florestal de três mil hectares para explorar.
Essa madeira já se encontra na serração a ser transformada e posteriormente preparada para a exportação.
Há 40 anos no mercado angolano, a Estores África está há cinco anos na província do Cuanza Norte e conta com carpintaria e marcenaria em Luanda, capital do país, onde produz portas, janelas, mobiliário e carteiras escolares.
Paulo Leal informou que a firma possui igualmente parcerias com outras empresas que exploram em outros municípios e fornece madeira em toros para transformação em blocos e tábuas.
A empresa tem 72 funcionários, sendo 32 nas indústrias de confecção de mobiliários, portas e janelas, 26 na área de transformação e 14 na sector de corte e exportação.