Luanda – A diamantífera angolana Endiama e a empresa mauriciana N’Dumba rubricaram terça-feira (4), na cidade do Cabo, (África do Sul) um acordo de investimento para prospecção, exploração e comercialização de diamantes, um acto que reforçou o compromisso de Angola atrair investimentos estratégicos.
O documento, assinado à margem da 31ª Conferência Internacional de Minas e Exposição "Mining Indaba 2025" que decorre de 3 a 6 de Fevereiro, na África do Sul, consolida a posição de Angola como um dos principais produtores de diamantes do mundo, segundo uma nota de imprensa a que a ANGOP teve acesso esta quarta-feira.
O acordo estabelece, igualmente, a criação de uma “joint venture” (parceria entre as duas empresas), responsável pelas actividades de exploração e mineração dos depósitos aluvionares (zonas de exploração de diamantes sem camada rochosa) dentro dos limites da concessão.
A assinatura desse documento, que define novas áreas de concessão, marca o início dos trabalhos de mobilização de meios para desenvolver a actividade de investigação geológico-mineira, prevista para a próxima semana, com a homologação do acordo.
A propósito, o presidente do Conselho de Administração da Endiama, Ganga Júnior, explicou que o contrato resulta do processo de reestruturação da antiga concessão do Luó – Sociedade Mineira Camatchia-Camagico, extinta por incapacidade de operação.
A concessão, localizada na província da Lunda-Norte, cobre uma área de 222 quilómetros quadrados e inclui depósitos kimberlíticos e aluvionares.
A Endiama é uma empresa pública vocacionada ao exercício de prospecção, reconhecimento, exploração, lapidação e comercialização de diamantes, criada a 15 de Janeiro de 1981, como concessionária exclusiva dos direitos mineiros no domínio dos diamantes.
Por outro lado, a diamantífera N’Dumba Limitada é uma subsidiária do grupo empresarial Jean Boulle, empresário mauriciano baseado em Mónaco e fundador de quatro empresas de capital aberto, com depósitos de níquel, cobalto, cobre, zinco, titânio e diamantes. ACC/QCB