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Dívidas comprometem sustentabilidade das empresas de água no leste do país

     Economia              
  • Moxico • Quinta, 10 Outubro de 2024 | 19h52
Estação de Tratamento de Água no Luena
Estação de Tratamento de Água no Luena
Kinda Kyungu - ANGOP

Luena - A fraca arrecadação de receitas pelo consumo de água tem condicionado o pleno funcionamento das Empresas Públicas de Água e Saneamento (EPAS) na região leste do país.

A constatação é dos presidentes das referidas instituições públicas desta região constituída por Moxico, Linda Sul e Lunda Norte, durante suas intervenções no Workshop Regional Leste das Águas e Saneamento, que terminou esta quinta-feira no Luena.

O presidente do Conselho de Administração da EPAS/Moxico, Eurico Jorge, disse que actualmente a dívida dos clientes com a empresa rondam os 120 milhões de Kwanzas, dificultando os trabalhos de manutenção dos sistemas de água, aquisição de produtos químicos, combustíveis e outros gastos correntes.

Recordou que os custos operacionais destes aparelhos são elevados, apelando à população para participação no consumido deste líquido.

No Luena, existem dois sistemas, do rio Lumege e Luena, este último com um funcionamento irregular, distribuindo um total de 700 metros cúbicos/hora para 115 mil pessoas, dos  482 mil 749 habitantes que vivem no casco urbano e periferia, perfazendo 70 por cento de cobertura.  

Eurico Jorge informou que em breve iniciam as obras para construção de um novo sistema de distribuição de água potável da rede pública, projectada na zona norte, para aumentar a cobertura do abastecimento deste líquido à população que reside na periferia.

Por seu turno, o PCA da EPAS/Lunda-Sul, Piedade João, informou que a dívida geral ronda os 362 milhões de Kz, o que tem impedido não só na manutenção dos equipamentos, como na implementação de novos projectos para a empresa.

O  responsável disse que naquela província da Lunda-Sul existem nove sistemas de água, distribuídos nos quatro municípios da região, beneficiando cerca de 61 mil famílias.

Já a dívida na Lunda-Norte, conforme o presidente local da EPAS, André Camilo, está avaliada em 900 milhões de Kwanzas.

Situação idêntica se constata na província de Malanje, onde segundo o PCA da EPAS, José Muhongo, dos 16 mil clientes rondam os 550 milhões de Kwanzas.

O porta-voz do Instituto Regulador dos Serviços de Electricidade e de Água, Manuel António, considerou que a perda no sector das águas no país é elevada, apelando para que estas empresas optem em estratégias, que visam à redução da dívida dos seus clientes, de modo a garantir a sustentabilidade.  

O evento decorreu sob o lema “Transformação Digital de Dados em Tempo Real para Melhora Desempenho do Subsector de Água e Saneamento”, e teve participação de responsáveis das Empresas de Água e Saneamento das províncias do Moxico (anfitriã), Lunda-Sul, Lunda-Norte e Malanje.

Durante o encontro, organizado pelo  Instituto Regulador dos Serviços de Electricidade e de Água (IRSEA), foram discutidos temas como "Módulo de regulação do IRSEA no sistema de informação do sector de água e saneamento - regulação de informação, "Situação económico-financeira e comercial das entidades gestoras, comparação dos últimos dois anos" e "Impacto  da redução das perdas nos sistemas de abastecimentos de água". LTY/TC/YD





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