Dondo - A ministra das Pescas, Carmen do Sacramento Neto, defendeu neste sábado a reconstrução urgente do Centro de Apoio à Pesca Artesanal do Ngolome, no município do Cambambe (Cuanza Norte), pela importância que tem nas vertentes económica e social.
A destruição do centro, afirmou, implica uma dupla perda nas vertentes económica e social, com a oferta de produto alimentares de qualidade, assim como pela integração de técnicas modernas e a formação do capital humano.
Carmen do Sacramento Neto, falava à imprensa, depois da visita à comunidade do Ngolome, para constatar os prejuízos do incêndio de grande dimensão que destruiu por completo, na segunda- feira (26 de Março), o centro local de apoio à pesca artesanal.
A destruição do centro, continuou, além da perda das infra- estruturas e dos equipamentos, tem impacto bastante negativo na prestação de serviços às comunidades piscatórias, que a par das técnicas de captura e processamento do pescado, integrava uma unidade de formação técnico profissional em artes e ofício.
A ministra informou que o centro era o maior do país e tinha um impacto muito relevante na cadeia de valores alimentícios, através das boas práticas de exploração das águas continentais e artesanais, no tratamento, escalagem e defumação do pescado, bem como na oferta de postos de trabalho à comunidade local.
Para a governante, a destruição do Ngolome defraudou de “forma enérgica” as expectativas do ministério, face à importância que tinha para o aproveitamento das águas continentais e artesanais.
De acordo com a governante, ainda estão por apurar as reais causas do incidente, mas, reforçou, é importante, a partir de agora, pensar-se na sua reedificação, numa altura em que o Ministério das Pescas está empenhado num processo de reorganização.
Com esta ocorrência, segundo a Ministra, serão elaborados novos estudos de viabilidad, para a captação de recurso financeiros, virada à progressão desta iniciativa em várias regiões do país.
O Centro de Processamento de Pescado da Lagoa do Ngolome era uma unidade integrada, inaugurada em 2015 com investimento do executivo angolano, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que ficou destruído em consequência de um curto circuito eléctrico.
A ministra realizou a visita na companhia do governador do Cuanza Norte, Pedro MaKita Armando Júlia. MF/IMA