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Concessionária do Corredor do Lobito movimenta três mil comboios

     Economia              
  • Luanda • Segunda, 21 Outubro de 2024 | 19h58
Comboio do CFB
Comboio do CFB
Leonardo Castro

Luanda - Três mil comboios de carga e passageiros foram realizados pela empresa concessionária do Corredor do Lobito, desde o arranque das operações, em Janeiro último, segundo o presidente executivo da Lobito Atlantic Railway (LAR) e do Grupo Mota-Engil Angola, Francisco França.

Trata-se de 2.600 comboios de passageiros e 400 de carga, conforme o Jornal de Angola, na sua edição desta segunda-feira (21).

De acordo com o responsável, a eficácia das operações ficou consolidada com a utilização de software de sinalização electrónica e gestão da linha.

O gestor, que falava via virtual durante uma mesa redonda da “Sika Summit Angola 2024”, referiu que desde a assinatura do contrato de concessão, em Novembro de 2022, o consórcio – constituído pelas empresas LAR, Transfigura e Mota-Engil, procedeu uma série de investigações, trabalhos preparatórios de verificação de linha, tendo culminado com o levantamento geométrico e geotécnico no sentido de preparar ao detalhe o investimento necessário do referido activo.

Actualmente, avançou, decorrem trabalhos de manutenção da linha, consubstanciados na colocação de balastros, nivelamentos e realinhamento geométrico da linha, a cargo da Mota-Engil, a qual assume a qualidade de empreiteira no contrato com duração de 30 anos.

Paralelamente, está em curso um forte o investimento no melhoramento da própria linha, que consiste na soldadura dos carris, substituição de cinco pontes, reparação e apetrechamento das oficinas, assim como benfeitorias nos edifícios das 70 estacões.

“Utilizámos equipamentos de ponta que já se encontram em Angola. O sistema de sinalização física não estava a funcionar porque grande parte dos equipamentos foi roubada ou vandalizada, pelo que hoje a linha é operada através de sistemas de comunicação navegáveis como rádios VHS e telefones”, disse.

Acrescentou ser um sistema virtual muito utilizado no mundo, que permite suprir esta lacuna, ou seja, as próprias locomotivas estão equipadas com tecnologia que emite sinais e “fazemos a gestão da linha férrea”.

Fez saber que a Lobito Atlantic Railway lançou, recentemente, um concurso público internacional em que participam 22 empresas interessadas na prestação deste serviço suportado por satélite e redes de fibra óptica existentes em Angola, numa altura em que procede à aplicação de painéis solares e outros equipamentos ao longo das estações, com o fim de alimentar os sinais repetidores de telecomunicações com energia eléctrica.

Francisco França falou, por outro lado, sobre a transferência dos activos do Estado e cerca de 500 trabalhadores para a concessionária, sublinhando que isto constitui um dos processos mais importantes que antecedeu o arranque das operações.

Explicou que o quadro orgânico da empresa conta com 800 trabalhadores, dos quais 408 provenientes do Caminhos-de-Ferro de Benguela e 128 do Porto do Lobito.

O Corredor do Lobito é um trajecto de pessoas e mercadorias, composto por infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias, que atravessa Angola do Lobito ao Luau, passando por Kolwesi e Lumbumbashi, na República Democrática do Congo (RDC), entra na Zâmbia por Chingola e termina em Ndola, onde estão as ligações ferroviárias aos portos, no Oceano Índico, Dar es Salam (Tanzânia), Beira (Moçambique) e Durban (África do Sul).

O contrato de concessão, com uma duração de 30 anos e possibilidade de se estender por mais 20, prevê a construção e exploração de dois terminais de mercadorias para apoio aos serviços ferroviários, um no Lobito e outro no Luau, a gestão do porto de minério na margem Leste da Baía do Lobito. ACC/VC





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